Política

Ônibus em 90 dias

Se tudo correr dentro do previsto pelo IPC (Instituto de Planejamento de Cascavel), a partir de agosto os ônibus iniciam o transporte público pela Avenida Brasil. A meta foi definida com a proximidade da conclusão das obras de dois dos quatro terminais de transbordo – Leste e Nordeste. Os serviços integram o PDI (Plano de Desenvolvimento Integrado). Uma das mudanças estabelecidas é também a denominação do sistema: em vez de BRT (Bus Rapid Transit/Trânsito Rápido de Ônibus) será BRQ (Bus Rapid Quality/Trânsito Rápido com Qualidade).

A estrutura do Terminal Leste, no Bairro São Cristóvão, está pronta desde agosto do ano passado. A obra custou R$ 3.792.858,85. Entra na reta final agora a construção do Terminal Nordeste, no Bairro Brazmadeira, próximo da Ceasa, a um custo de R$ 5.241.381,51. Porém, com os serviços em ritmo acelerado, o presidente do IPC, Cletírio Feistler, aponta finalização dos outros terminais em menos de 90 dias: Oeste (em frente a Rodoviária), a um custo de R$ 5.289.064,31, e Sudoeste (ao lado do Estádio), a um custo de R$ 4.184.002,68. “As obras entram agora em uma reta final. Com isso, precisamos nos organizar para colocar os ônibus na Avenida Brasil. Faltavam os terminais, que estão quase prontos”, diz Feistler.

Corredores

Para que trafeguem nos corredores das avenidas Brasil, Barão do Rio Branco e Tancredo Neves, os ônibus novos terão que ser adquiridos: ontem uma reunião foi feita com as empresas responsáveis pelo transporte público para definir justamente quantos serão os veículos comprados e como será a diluição do custo. Hoje são 140 ônibus em Cascavel mantidos pela Viação Capital do Oeste e a Empresa Pioneira. A grande questão ainda é o custo dessa compra e como será pago.

Diluídos na tarifa

O presidente da Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito), Alsir Pelissaro, aponta que os valores dos ônibus comprados pelas empresas terão que ser diluídos no valor da passagem: hoje a tarifa é de R$ 3,65 e tende a ficar mais alta. “Na próxima semana teremos uma nova reunião para avaliar como isso será definido. A dúvida ainda está relacionada ao contrato com as empresas, que vence daqui três anos. Ainda precisamos definir as medidas legais, pois é pouco tempo para um gasto desta importância”.

 

Onda verde

Uma equipe técnica de São Paulo já entregou ao prefeito Leonaldo Paranhos (PSC) o estudo do projeto semafórico, que possibilitará o tráfego livre dos ônibus nos corredores, por meio de sensores. A empresa contratada por R$ 1.970 milhão também vai aplicar o sistema de onda verde no trânsito. Esse será aplicado imediatamente, antes da circulação dos ônibus no centro. “Vamos integrar esse sistema com as câmeras da Guarda Municipal. Uma sala já está preparada e vamos aplicar o quanto antes, por meio de um servidor mais moderno que foi adquirido”, diz Alsir Pelissaro, presidente da Cettrans.