Política

Informe da redação do dia 25 de janeiro de 2019

Tchau, Brasil!

O deputado federal reeleito Jean Wyllys (Psol-RJ) avisou que vai morar fora do Brasil e que abrirá mão do mandato conquistado nas últimas eleições devido à quantidade de ameaças que recebe. Desde o assassinato da vereadora Marielle Franco (março de 2018), Wyllys vive sob escolta policial. “Me apavora saber que o filho do presidente [Flávio Bolsonaro] contratou no seu gabinete a esposa e a mãe do sicário. O presidente [Jair], que sempre me difamou, que sempre me insultou de maneira aberta, que sempre utilizou de homofobia contra mim… Esse ambiente não é seguro para mim”. Wyllys está fora do Brasil e afirma que não vai retornar: “Como é que eu vou viver quatro anos da minha vida dentro de um carro blindado e sob escolta?” As informações são da “Folha de S.Paulo”. Wyllys foi aquele que cuspiu em Jair Bolsonaro durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016.

Mais uma pra conta

Enquanto o pai, Jair, tenta convencer que os ataques ao filho, Flávio, são para atingi-lo, não falta munição para a imprensa. Ainda enrolado com as movimentações financeiras milionárias suspeitas de lavagem de dinheiro, Flávio se enrosca cada vez mais na história da morte da vereadora Marielle.

Para entender…

Esta semana veio a público que Flávio Bolsonaro empregou em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro a mãe e a esposa do ex-policial militar Adriano Nóbrega, que está foragido e é suspeito de chefiar uma milícia na zona oeste do Rio, que teria causado a morte de Marielle.

Homenagem

Para amarrar ainda mais Flávio na história, agora se soube que esse ex-policial estava preso quando foi homenageado pelo próprio filho do presidente – agora senador eleito, como gosta de ser chamado – com a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria da Assembleia Legislativa. O deputado considerou Adriano “merecedor da homenagem”. O ex-policial tem uma extensa ficha criminal e foi expulso da corporação.

Auxílio-mudança

Uma decisão liminar da Vara Federal Cível e Criminal de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, determinou que os presidentes da Câmara e do Senado se abstenham de efetuar ou autorizar o pagamento de auxílio-mudança para os parlamentares reeleitos. A ordem judicial atende aos pedidos de uma ação popular. Já teve quem não gostou e tenta derrubar a liminar. O valor do auxílio é superior a R$ 30 mil.

Absolvido

O ex-prefeito de Marechal Cândido Rondon Moacir Froehlich (MDB) foi absolvido esta semana da acusação de nepotismo. Quando prefeito, ele nomeou um servidor para exercer atividades na Secretaria de Esportes, onde o irmão deste era secretário. O juiz Marcio de Lima, da Vara da Fazenda Pública, entendeu que não houve a prática de nepotismo e que a nomeação foi legal.

Sete ações

Em 2015, o Ministério Público Estadual ajuizou sete ações contra o ex-prefeito Froehlich, alegando a ocorrência de nepotismo nas nomeações de alguns servidores em cargos comissionados. As ações também envolviam vereadores e secretários municipais da época. Em duas delas o ex-prefeito já havia sido absolvido. Os demais ainda tramitam na Justiça.

Antes tarde…

Quase quatro meses depois das eleições das fakenews, o Facebook anunciou mudanças nas regras para as páginas dentro da plataforma. A principal delas é a identificação de publicações consideradas “notícias falsas” e que, em razão disso, têm a distribuição reduzida. Os administradores das páginas poderão ver quais mensagens foram enquadradas nessa categoria.

Abacaxi

O prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, tem um abacaxi para descascar. Em meio às incertezas de como fazer funcionar o novo sistema do transporte coletivo, agora as empresas que operam o serviço pediram 14% de reajuste da tarifa, elevando a passagem para R$ 4,15, a mais cara do Estado.