Política

Informe da redação: Collor pede desculpas, mandato curto e sem folga

Collor pede desculpas

O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello, hoje senador, usou o Twitter nessa segunda-feira (18) para pedir perdão por uma medida que decretou há mais de 30 anos (16 de março de 1990): o confisco da poupança. Dizendo que era “chegado o momento de falar com mais clareza sobre o assunto”, tentou justificar a medida impopular por causa da inflação de 80% ao mês. “O Brasil estava no limite!”, disse. “Sabia que arriscava ali perder a minha popularidade e até mesmo a Presidência, mas eliminar a hiperinflação era o objetivo central do meu governo e também do País. Acreditei que aquelas medidas radicais eram o caminho certo. Infelizmente errei. Gostaria de pedir perdão a todas aquelas pessoas que foram prejudicadas pelo bloqueio dos ativos”. A inflação continuou crescendo e a tão sonhada estabilidade só aconteceu após julho de 1994, com o Plano Real.

 

Mandato curto

“Não temos mais alternativas. O Brasil não aceita mais derrotas. Agora, é vencer ou vencer. Que Deus nos ajude”, dizia Fernando Collor de Mello, em rede nacional, na manhã daquele fatídico dia 16 de março. Menos de três anos depois (29/12/92), Collor renunciava ao cargo, horas antes da abertura de seu processo de impeachment.

 

Sem folga

Após reunião de líderes nessa segunda, líderes do Congresso decidiram que não haverá recesso parlamentar de 17 a 31 de julho deste ano, conforme previsto pela Constituição. “A decisão foi tomada por nós parlamentares por entendermos que o Legislativo precisa continuar trabalhando para amenizar os efeitos negativos da pandemia da covid-19”, argumentou o presidente do Senado, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).

 

Mais dois terços

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o ex-ministro Henrique Mandetta disse que o País só atravessou um terço da crise do coronavírus, e que temos “o segundo e o terceiro para concluir”, o que significa umas 12 semanas. Em uma análise regional, ele disse que o Paraná “fez um bom preparo”.

 

Bicho do Paraná

Autor de uma das músicas-símbolo do Paraná, o músico paranaense João Lopes da Silva morreu às vésperas de completar 70 anos de idade (faria aniversário dia 25 de maio), após complicações de uma cirurgia de transplante de fígado e rim feita no dia 30 de abril. Ele compôs a música “Bicho do Paraná”, uma espécie de “hino” cantada por quase todo paranaense com mais de 30 anos. “Eu não sou gato de Ipanema, sou bicho do Paraná…”

 

Câmara X Sanepar

A briga entre Câmara de Cascavel e Sanepar teve mais um round ontem. Os vereadores aprovaram mudanças na lei de saneamento básico municipal para prever nos contratos que o consumidor tem direito a desconto proporcional relativo ao período que ficar sem água. E deve acontecer em breve uma audiência pública com representantes da Sanepar para discutir as reclamações dos valores das contas de água. O clima segue tenso no Legislativo quando o assunto é a companhia paranaense.

 

 

Itaipu: 46 anos

A Itaipu completou 46 anos de criação, produziu 30 milhões de megawatts-hora (MWh) neste ano e acaba de iniciar uma operação de ajuda ao Paraguai e à Argentina, abrindo o vertedouro da usina. Apenas quatro hidrelétricas conseguiram fechar 2019 com produção similar ou superior à de Itaipu: as usinas chinesas de Três Gargantas, Xiluodu e Xiangijiaba, e a canadense Churchill Falls. No acumulado do início do funcionamento, já são mais de 2,7 bilhões de MWh, energia suficiente para iluminar o planeta inteiro por 43 dias.