Brasília – Os representantes dos gestores de saúde de todo o País estão reunidos em Brasília hoje (24) e amanhã para discutir assuntos e investimentos relacionados ao Ministério da Saúde. Além de pautas de rotina e decisões pontuais, o investimento tripartite no processo de informatização dos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) será discutido. Os pequenos municípios possuem maior dificuldade em investir recursos próprios em equipamentos e gestão.
Apesar de não ser um assunto novo, a informatização ainda é precária em boa parte do território nacional. As cidades que apostaram no processo tiveram que bancar sozinhas o investimento. Isso pode mudar, se os gestores convencerem que o apoio do Ministério é fundamental para que o sistema integrado gere economia e segurança aos tratamentos pagos pelo SUS.
O secretário de Saúde de Cascavel, Rubens Griep, integra o Conselho e viajou para a Capital Federal para, com outros secretários, debaterem a pauta. “Temos uma realidade peculiar em Cascavel, mas sabemos que boa parte das cidades ainda não conseguiu investir em tecnologia para a informatização da saúde. Quando falamos em informatização estamos falando de uma realidade que é o caminho para a segurança e a economia na aplicação dos recursos e no fortalecimento de políticas públicas voltadas à nossa população”, observa.
Controle
O secretário analisa que, com a contribuição da Federação, caso seja aprovada, será possível ter informações precisas e em tempo real dos pacientes: “Uma pessoa que vem de outra cidade em busca de atendimento poderá ter seus exames consultados online, dispensando o gasto de outro valor com o mesmo procedimento. Os medicamentos são outra situação que conseguiremos ter controle absoluto das doses dispensadas pelos profissionais médicos e as retiradas pelos pacientes. Essa é a meta final desse desafio de colocar em rede todas essas informações”, explica.
Expansão
O secretário de Saúde de Toledo, Thiago Stefanello, garante que a cidade dispõe do melhor software da saúde, mas que precisa de outros investimentos para que possa ampliar o processo. “Conseguimos monitorar todas as áreas e ter relatórios diários e atualizados. Mas todo esse investimento vem de recursos próprios. Com o possível aporte do Ministério, enfim teremos condições de pôr colocar em prática o agendamento de consultas online nas unidades básicas de saúde e especialidades que estamos analisando desde o ano passado”, adianta.
Thiago Stefanello lembra que existe um desafio de informatizar e outro de incentivar os médicos e os demais profissionais a utilizarem corretamente o sistema: “Só não temos cidades sem informatização pelo fato de o Ministério da Saúde ter obrigado todos no fim de 2016 a estarem informatizados ou perderiam recursos. Hoje é possível utilizar sem custo o E-SUS quem não tem software terceirizado”.