Política

Horas suspeitas na Secretarias de Educação e Saúde

Um assunto complexo, cheio de entraves e que levanta novamente a suspeita de que algo de muito errado tenha passado quase despercebido entre 2013 e 2016 na gestão do ex-prefeito Edgar Bueno. As horas extras feitas por motoristas das Secretarias de Educação e Saúde.

O vereador Celso Dal Molin começou uma investigação ainda no ano passado e agora junto com outros seis vereadores propôs uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), com a missão de trazer várias respostas sobre a situação. A leitura do requerimento será feita já na sessão de terça-feira (5).

Os dados inseridos no requerimento apontam que em alguns casos, o profissional para cumprir a carga horária que foi paga, teria que ter trabalhado até 22 horas seguidas durante quase trinta dias. O levantamento não levou em consideração horas que possam ter sido lançadas para compensação. Além das horas normais, um acréscimo médio de 14,35 horas extras diárias.

Longe do normal

Celso Dal Molin chama atenção para outros números que reafirmam a suspeita de que a situação passou muito longe da normalidade e transparência. “Percebemos que alguns motoristas executavam uma carga horária análoga ao trabalho escravo, mas que outros contavam com apenas duas ou três horas extras. No mínimo muito estranho, pois teria que ser um super homem para vencer uma carga de trabalho assim”, questiona o vereador.

Sobre a possibilidade de “incrementar” o salário dos servidores com as horas extras, o vereador afirma que só os trabalhos da CPI podem elucidar os fatos. “Pedimos também informações sobre os dados do ano passado. Queremos saber se o fato foi solucionado e o que pode ser feito para que uma solução justa e econômica seja adotada”, argumenta.

Assinaturas

Além de Celso Dal Molin, assinam o requerimento os vereadores Jorge Bocasanta (Pros), Paulo Porto (PCdoB), Sidnei Mazutti (PSL), Alécio Espínola (PSC) Policial Madril (PMB) e Misael Júnior (PSC).