O núcleo de Francisco Beltrão, no Sudoeste paranaense, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, denunciou nesta terça-feira (4), oito pessoas investigadas na Operação Contrapartida, que apura crimes contra a administração pública e de lavagem de dinheiro envolvendo funcionários públicos lotados no escritório regional do Instituto Ambiental do Paraná em Pato Branco, advogados, empresários e proprietários rurais.
Os funcionários públicos envolvidos já haviam sido afastados das funções por determinação da Justiça. Um deles, inclusive, chegou a ser preso preventivamente por tentar interferir nas investigações.
Segundo a denúncia, apresentada na comarca de Palmas, dois funcionários públicos denunciados atuaram, em troca de propina, para que multas administrativas decorrentes de crimes ambientais (supressão e destruição de floresta e vegetação nativa) fossem aplicadas em valores muito menores do que os efetivamente devidos. A interlocução do acerto da propina foi efetivada por dois advogados e um empresário de consultoria ambiental, e os valores ilicitamente recebidos foram ocultados por meio da conta-corrente de pessoa jurídica do ramo supermercadista. Todos, inclusive o sócio-proprietário da empresa, foram denunciados.
As investigações continuam em relação aos demais fatos constatados e pessoas envolvidas.