Política

Dispara a oferta de vagas de emprego na região

Marechal Cândido Rondon – Há praticamente dois anos as Agências do Trabalhador da região não viviam um momento tão positivo de oferta de vagas formais como agora. Em três delas, as vagas disponíveis somam quase 700, o dobro do ofertado no mesmo período do ano passado. Considerando que apenas uma em cada três dessas vagas na região chega às agências, isso significa que nessas cidades há mais de 2 mil oportunidades de emprego em aberto. “Muitas empresas têm o sistema próprio de contratação, por isso estimamos que uma em cada três delas chegue até nós”, conta o gerente da agência do Trabalhador de Marechal Cândido Rondon, Arli Deudi Costa, o Pereira.

Inclusive, é de lá que vem o resultado mais surpreendente do oeste em crescimento percentual. Pereira explica que já havia um movimento mais intenso de oferta de empregos antes da greve dos caminhoneiros, esfriou com a paralisação e reaqueceu dois meses depois. O pico de ofertas foi sentido nesta semana. Ontem eram quase 200 de 85 registros diferentes. Isso significa que um mesmo empregador tem ofertado mais do que uma vaga. A média de oferta na Agência local vinha sendo registrada em torno de 40 disponibilizações há cerca de 12 meses.

O movimento por lá também tem aumentado. Em dias de pico estão passando pela base em torno de 120 pessoas em busca de um emprego fixo. “Até pensamos em pedir reforço para os atendimentos, não temos dado conta”, comemora o gerente.

O segmento com mais vagas abertas é de linha de produção. Aliás, esse é o setor que mais tem empregado no oeste, respondendo por quase metade das vagas.

Boas expectativas para o último trimestre do ano

Em Cascavel, ontem, a Agência do Trabalhador tinha 300 vagas disponíveis. Além daquelas de linha de produção, há muitas para o comércio, para vendedores internos e externos e olha que não são ocupações temporárias. Aliás, vagas temporárias para o fim de ano não têm aparecido em nenhuma das agências consultadas. “Somente para o comércio varejista, na vaga de vendedor interno, temos [ontem] 12 disponíveis, se considerar os vendedores externos esse número é muito maior, mas nenhuma delas é temporária. Também é importante lembrar que muitas ocupações, sobretudo as que exigem mais qualificação, não encontram preenchimento e ficam disponíveis por dias”, conta a agente administrativa do setor de captação de vagas em Cascavel, Talita Lacerda Soares.

Há cerca de um ano, as vagas disponíveis na estrutura local não batiam o número de 150 e outro detalhe importante: são ocupações para áreas administrativa e de contábeis. “Esse movimento tem aumentado mais do meio do ano para cá e temos registrado uma média de colocação de 300 profissionais no mercado formal por mês. A tendência para os próximos meses é aumentar tanto a oferta de vagas quanto as contratações”.

Em Toledo, após muitos meses com mais demissões do que contratações puxadas pelas demissões de trabalhadores em linhas de produção em um grande frigorifico, parece que enfim as novas carteiras assinadas vão superar os desligamentos.

Segundo o gerente da agência, Valduir Fernando Ferreira de Quadra, de uma média mensal de 40 oportunidades, hoje são mais de 70. Os frigoríficos também estão contratando, mas o ponto forte ali é a diversificação para todas as áreas. “E aquelas que exigem maior qualificação geralmente se tem mais dificuldade para fechar. Por outro lado, esse aumento no número de oportunidades nos leva a entender que agora elas vão aparecer cada vez com mais frequência até o fim do ano”, destacou.

A reportagem tentou contato com a Agência do Trabalhador de Foz do Iguaçu, mas nenhum responsável foi encontrado para falar sobre o cenário de contratações na fronteira.