Política

Corrupção: Juiz reabre processo da Rádio Patrulha

A 6ª Turma do STJ derrubou a liminar concedida por Noronha e determinou o reinício do processo

Curitiba – O juiz da 13ª Vara Criminal de Curitiba, Fernando Bardelli Fischer, determinou a reabertura do processo referente à Operação Rádio Patrulha e já intimou as defesas dos réus para que apresentem, se quiserem, manifestações complementares quanto às dúvidas que suscitaram anteriormente em relação a alguns procedimentos.

A ação penal derivada da Operação Quadro Negro estava com seu trâmite suspenso desde 31 de janeiro passado por decisão liminar do presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro João Otávio de Noronha, que atendeu a um habeas corpus impetrado por um dos réus, o ex-governador Beto Richa.

Na última terça-feira, porém, a 6ª Turma do STJ derrubou a liminar concedida por Noronha e determinou o reinício do processo. Os cinco ministros da Turma acompanharam o voto da relatora, ministra Laurita Vaz, entendendo que não eram cabíveis os argumentos arrolados pela defesa de Richa.

Na mesma ação também figuram como réus o irmão José “Pepe” Richa, Deonilson Roldo, Ezequias Moreira, Luiz Abi Antoun, Jorge Atherino, o ex-diretor do DER Nelson Leal Jr., assim como empresários acusados de participar de um esquema de pagamento de propinas de 8% sobre o valor licitado e aditivado no programa Patrulhas do Campo, lançado no primeiro governo de Beto.

Após o cumprimento do prazo de dez dias para a eventual apresentação de manifestações da defesa, o juiz remarcará audiências de interrogatório e oitiva de quase uma centena de réus e testemunhas. Em fevereiro, quando as audiências já estavam agendadas, previa-se um confronto direto entre Beto Richa e o delator que revelou o esquema, empresário Toni Garcia.