Política

Coluna Esplanada do dia 22 de novembro de 2018

Ajuda de custo

Em meio à previsão de déficits nas contas do País de R$ 148 bilhões este ano e R$ 139 bilhões em 2019, a Câmara e o Senado Federal vão desembolsar mais de R$ 38 milhões com a chamada “ajuda de custo” aos atuais e novos parlamentares eleitos para as duas Casas. O valor da ajuda é correspondente ao salário mensal de deputados e senadores, que desde 1º de fevereiro de 2015 é de R$ 33.763. De acordo com a assessoria da Câmara, a verba “é destinada a compensar as despesas com mudança e transporte do parlamentar no início e no fim do mandato”.

Nosso bolso

Informa ainda que a Casa “está reavaliando os critérios de concessão deste benefício, a fim de torná-los mais claros e restritivos”. O Senado informa que o Tesouro banca.

Mais do mesmo

O benefício foi criado em 2013, quando o Congresso derrubou os 14º e 15º salários. Com isso, os parlamentares passaram a ter direito apenas à ajuda de custo.

Guerra eleitoral

Presidente do Patriota do DF, Paulo Fernando Melo protocolou ação de investigação judicial eleitoral contra o eleito federal Luís Miranda (DEM-DF), o youtuber dos EUA, por abuso do poder econômico e uso indevido das redes sociais.

Parceria…

A relação de confiança entre o futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o delegado Maurício Valeixo, futuro diretor-geral da Polícia Federal, se consolidou após a prisão do ex-presidente Lula. Por orientação de Moro, Valeixo restringiu o acesso de pessoas à cela do petista e seguiu rigorosamente a ordem do então juiz ao vetar o uso de telefone celular por policiais para evitar o vazamento de imagens do ex-presidente.

… e fidelidade

Em outro gesto de lealdade a Moro, Valeixo peitou o desembargador Rogério Favreto, plantonista do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que tentou soltar o ex-presidente em julho.

Lobby na RFB

O atual secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, tem tido apoio de parlamentares, entidades e integrantes do governo para permanecer no cargo. O economista Mansueto Almeida, que permanecerá à frente do Tesouro Nacional no Governo de Jair Bolsonaro (PSL), engrossou o coro de elogios a Rachid.

Efeito do poder

Dividido, o PSL, partido do presidente Bolsonaro, reuniu em Brasília os deputados eleitos para traçar a atuação da segunda maior bancada na Câmara Federal. Já são públicas as queixas de ala majoritária da legenda em relação à postura “centralizadora” do futuro ministro da Casa Civil, Onix Lorenzoni (DEM-RS), e às confirmações de nomes vinculados ao DEM no Governo Bolsonaro.

Opção

Novos parlamentares da legenda insistem na tese de candidatura própria à presidência da Câmara, apesar da costura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) pelo apoio do PSL – diretamente com Bolsonaro – para se reeleger.

Mulheres unidas

Ativistas feministas mobilizadas pela Rede Sororidade, que atua em sete estados do País, se reúnem hoje em frente à Procuradoria-Geral da República para entregar documento e pedir que o MP Federal cobre os governos a implantação de delegacias de atendimento à mulher 24 horas.

Astral do presidente

A depender o mapa astral do presidente eleito Bolsonaro, seu 2019 será pauleira. Maria Eugênia Castro, presidente da Sociedade de Astrologia do Rio de Janeiro, diz que ele terá um ano “nada fácil em 2019, com muitas críticas, cobranças e oposição forte”. Maria Eugênia vai capitanear um grupo de astrólogos na próxima terça para analisar o mapa astral de Bolsonaro.

Segue o baile

Um breve perfil da movimentada noite da terça no B Hotel em Brasília. Ex-diretor da PF, Leandro Daiello confraternizava aos risos com dois amigos; Martinho da Vila reunia seu séquito em jantar; Ana Paula Ernesto, diretora do hotel, recebeu a princesa e artista plástica Lelli de Orleans e Bragança, e o jornalista Marcelo Chaves. Atrás deles, em mesa concentrada, o senador Izalci Lucas (PSDB) articulava com equipe.