Dedo na tomada
O Coletivo Nacional dos Eletricitários, que reúne empregados da Eletrobrás, alertou aos consumidores em folder distribuído por whatsapp e redes sociais que a conta de luz pode subir até 16% a curto prazo com a iminente privatização da estatal, que fornece hoje 50% da energia consumida no Brasil. Explica: A venda abrange 15 grandes usinas espalhadas pelo País, que vendem a energia entre R$ 40 e R$ 60 o MegaWatt Hora (MWH), enquanto no mercado livre os preços do MWH variam de R$ 200 a R$ 800 – tabela que deve ser seguida pelo novo concessionário privado, se não houver regulação federal. Ainda destacam que a empresa é superavitária em bilhões de reais/ano, sem prejuízos, o que não justificaria vendê-la em prol de lucro.
Barragens
Um detalhe citado é que a Eletrobrás administra 47 barragens hídricas nessas usinas (algumas têm 60 anos), com fiscalização rigorosa e sem incidentes de rompimento, como no caso de mineradoras.
Olho no caixa
Já o governo federal, de sua parte, prevê a capitalização imediata de R$ 16 bilhões para o Tesouro, e enxugamento na folha salarial federal.
Liberdade, liberdade…
Há mais de dois anos, o Conselho Nacional de Justiça omite no site do Banco Nacional de Mandados de Prisão o número de pedidos de detenção em aberto no País. Na última publicação sem o “filtro” atual no portal, eram vergonhosos 400 mil não cumpridos.
VAR político
A Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil, criada em 2019, soltou um comunicado nas redes sociais conclamando eleitores e admiradores do presidente Jair Bolsonaro a denunciarem num e-mail qualquer postagem que considerarem ofensiva a ele ou a familiares. E conclui: VAMOS PROCESSAR TODOS. Assim, em caixa alta.
***Café com leite
A cúpula do PT – Gleisi Hoffmann e Fernando Haddad, em especial – conversa hoje com o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). Ele é cotado para o Governo de Minas Gerais. Mas Romeu Zema (Novo), atualmente, está muito bem avaliado nas cidades do interior, indicam pesquisas na mão do governador e de Kalil.
MERCADO
Motor fundido
Uma conta de um empresário do setor: mais de mil trabalhadores vão perder emprego em concessionárias da Ford apenas em Minas Gerais, com o fechamento da montadora.
Concurso$
Donos de empresas que promovem grandes concursos no País estão estupefatos com a incompetência do Núcleo de Concursos da UFPR, pelo desastre no cancelamento da prova da Polícia Civil no domingo. Foram mais de 100 mil inscritos. O salário de diretores de uma empresa do tipo esbarra nos seis dígitos. O lucro vai a sete dígitos.
Rio no gás
Há 20 anos, quando começou o avanço forte na capital Rio de Janeiro, o kit gás no porta-malas de táxis – e depois em veículos de passeios – era um monstrengo até ridicularizado por quem desconfiava da eficiência. Hoje, mais de 1 milhão de veículos trafegam com GNV no Estado, com boa rede de postos, sem sofrerem o assalto do preço da gasolina. Deve-se principalmente ao engenheiro Wagner Victer, ex-secretário de Desenvolvimento do Governo estadual à época, a aposta no investimento.
***Novo mercado
Um exemplo de como o mercado da internet avançou. Fundada em meados dos anos 2000 direto do quarto de um dos sócios no Rio de Janeiro – o outro teclava na garagem de casa em Porto Alegre -, a Hostnet, empresa de tecnologia que auxilia outras em negócios da internet, realiza seu 13º treinamento para novos franqueados. A rede já conta com 40 unidades no Brasil. A Hostnet vale dezenas de milhões de reais.
Zé Esplanador
Intrigado com o cancelamento do concurso para a Polícia Civil do Paraná, o Zé Esplanador, nosso leitor cujo lema é “Perguntar não ofende, Cobrar é de direito”, deixa esta: Por que uma universidade federal se mete a fazer concurso em vez de focar no ensino superior? O Zé acha que uma patota de professores-empresários poderia explicar essa. E não apenas na Federal do Paraná.