Após deixar o comando do Grupo Positivo aos herdeiros, o empresário e professor Oriovisto Guimarães decidiu ingressar em uma disputa política acirrada: é candidato a Senador pelo Podemos – se eleito, assumirá uma posição importante, pois substitui Alvaro Dias, que é pré-candidato à Presidência da República.
Guimarães assegura que essa é candidatura única. Se eleito, ficará oito anos no Senado para servir o Brasil.
A carreira de negócios bem-sucedida deverá ser base para o trabalho no Senado.
O candidato assegura que a ideologia dos partidos deve ser superada, pois está “ultrapassada”, e agora o que deve ser compreendida é a economia de mercado, que deve ser adotada pelo País.
O mandato será norteado pela Reforma Trabalhista, pela Reforma da Previdência e pela Reforma Política.
Guimarães critica, por exemplo, o excesso de partidos, que, segundo ele, tornou-se um empreendedorismo que deve ser combatido.
Nesta campanha, tornar-se conhecido tem sido um de seus maiores objetivos, levando da Capital até o interior seus propósitos. A dificuldade será na mídia, pois o tempo de propaganda eleitoral será de apenas sete segundos ao Podemos. Dificuldade que também terá de ser superada pelo seu aliado, Alvaro Dias, que, segundo Guimarães, tem um “currículo invejável”, mas precisará aumentar a popularidade. “Alvaro tem muitos votos no Paraná e no Sul, no entanto, não é muito conhecido no restante do País. Teremos um período eleitoral muito curto. Ele terá apenas sete segundos, não consegue nem dizer o nome. Por isso ele tem que viabilizar coligações para obter tempo e se tornar mais conhecido, o que é o meu caso. Espero coligações do meu partido para que tenha ao menos um minuto na televisão para apresentar a proposta, assim teremos chance, caso contrário, fica difícil”.
Fenômeno Bolsonaro
O “fenômeno” Bolsonaro está entre as discussões dos partidos e não é diferente do Podemos. Oriovisto Guimarães assemelha essa “aceitação” eleitoral com o ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1990. “Era extremamente popular, bom de discurso, dizendo que faria uma caça aos marajás – enquanto seu aliado PC Faria, diretor financeiro, assaltava Deus e o mundo. Não tinha base parlamentar e deu no que deu”.
Collor sofreu impeachment em 1992. “Tenho muito medo da ‘solução Bolsonaro’. Ele também é de um partido pequeno, nunca ocupou cargo no Executivo, sempre foi deputado tem um discurso fácil que encanta muita gente, mas a eleição está muito indefinida ainda. Temos que aguardar para ver com os debates e se ele vai comparecer aos debates e o povo quem vai decidir”.
Ultimato
No Paraná, Oriovisto Guimarães espera uma aliança com o PDT, do pré-candidato ao governo do Paraná Osmar Dias. Porém, o posicionamento de Alvaro Dias, irmão de Osmar, ainda impede essa união. “Alvaro espera ter o apoio dos três [Cida Borghetti, Osmar e Ratinho Jr.] candidatos ao governo do Paraná: não quer se indispor com nenhum. Não pode apoiar diretamente seu irmão, prometeu neutralidade. Mas o partido precisa tomar uma posição pelo bem do Paraná, embora o Alvaro fique neutro, o Podemos tem que definir uma posição e espero que seja pelo Osmar”.