Política

Câmara dá pausa nas férias e decide na próxima segunda se cassa o prefeito

As investigações sobre denúncias de fraudes e desvios de recursos do Fundo Municipal de Saúde duraram três meses e os integrantes da comissão emitiram relatório a favor da cassação

Câmara dá pausa nas férias e decide na próxima segunda se cassa o prefeito

Reportagem: Josimar Bagatoli

Lindoeste – O prefeito de Lindoeste, José Romualdo Pedro, terá o mandato julgado na próxima segunda-feira (6) pela Câmara de Vereadores, em sessão extraordinária convocada pela Comissão Processante.

As investigações sobre denúncias de fraudes e desvios de recursos do Fundo Municipal de Saúde duraram três meses e os integrantes da comissão emitiram relatório a favor da cassação. Eles usaram como base depoimentos dos acusados prestados ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Até ontem (30), a Câmara ainda tentava notificar o prefeito, que não havia sido encontrado para que esteja presente na sessão de segunda, às 9h.

O esquema de desvio de dinheiro público pode ter movimentado até R$ 1 milhão em contas bancárias de laranjas. Os casos envolvem pagamentos em duplicidade, empenhos de despesas sem comprovação de notas fiscais e pagamentos apenas com autorização de fornecimento. O principal suspeito de ser articulador de toda ação é Jadiel Almeida Ferreira, proprietário da J A Contabilidade Assessoria e Negócios, que exerceu cargo de secretário de Finanças da Prefeitura de Lindoeste de 2017 a 2019. Era ele quem gerenciava os recursos, realizava os pagamentos e assinava os cheques em conjunto com o prefeito.

O prefeito apresentou defesa à Comissão Processante alegando que havia assinaturas falsificadas nos cheques e uma empresa particular de perícia chegou a ser contratada e constatou que a assinatura é “supostamente falsificada”.

Ao todo, são 16 folhas de cheque e José Romualdo havia alegado que apenas uma não era verdadeira. A justificativa foi recusada, por isso, o prefeito terá o mandato julgado em sessão extraordinária, convocada em regime de urgência. Mesmo que o prefeito não esteja presente, a votação será feita. O mandato poderá ser cassado pela maioria absoluta dos votos.