Washington – O presidente americano, Donald Trump, disse na quarta-feira, 20, que vai assinar uma ordem executiva para encerrar o processo de separação de crianças de seus pais e responsáveis. "Queremos manter as famílias juntas. É muito importante", disse o presidente a repórteres, durante reunião com membros do Congresso, na Casa Branca. "Eu vou assinar algo daqui a pouco", declarou Trump. O esforço é um marco para seu governo, que tem insistido na ideia de que o cumprimento da lei americana era a causa da separação dos parentes.
A separação familiar decorrente do endurecimento na política migratória americana deve acabar nesta semana. “Fontes dizem que a administração acredita ser provável fazer uma mudança judicial com base (no caso) Flores X Reno”, disse o repórter da Fox News, referindo-se a uma decisão de 1997 que estabeleceu padrões para o tratamento de menores imigrantes.
O presidente vem sendo criticado por democratas, republicanos e líderes de outros países pela política migratória de "tolerância zero", que aumentou o número de separações familiares. A nova política determina que todos os imigrantes que entrem no país de maneira clandestina serão processados criminalmente. A orientação se aplica mesmo aos que pedem asilo e aos que estão acompanhados de menores. Acusados da prática de crime, os adultos são levados a prisões federais, onde não há instalações para crianças e adolescentes. Com isso, a família é separada e os filhos vão para abrigos ou centros para menores “desacompanhados”.
Além da crescente pressão pública para que a política de tolerância zero acabe, Trump também recebeu um pedido de sua filha e conselheira, Ivanka Trump. Ela não fez nenhum comentário público sobre a questão, mas, segundo o presidente, já havia falado sobre o problema de maneira privada.
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49 crianças brasileiras estão em abrigos
Quarenta e nove crianças brasileiras estão em abrigos e foram separadas dos pais ao ingressarem ilegalmente nos Estados Unidos. A informação é do cônsul-geral adjunto do Brasil, em Houston, Felipe Santarosa, que concedeu entrevista à Empresa Brasil de Comunicação.
Segundo ele, os dados foram repassados pelo governo dos Estados Unidos, mas não há detalhes acerca da idade das crianças nem da cidade em que estão abrigadas.
O comunicado do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS da sigla em inglês) informa apenas o nome do abrigo, sem especificar o endereço. A triagem para saber a nacionalidade da criança foi feita pelo governo norte-americano.
“O problema dessa comunicação é que simplesmente apresenta uma tabela com o nome da instituição onde está o menor, não dá nem nome da criança. Eu tenho essa informação muito geral, recebida de um oficial do DHS”.
O trabalho dos diplomatas brasileiros será pesquisar onde estão essas instituições e fazer contato com os abrigos. Para Santarosa, será um trabalho difícil por falta de informações precisas.