SENTENÇA

Ex-policial penal é condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato de Marcelo Arruda

Ex-policial penal é condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato de Marcelo Arruda

Paraná - O ex-agente penal Jorge José Guaranho foi condenado pelo Tribunal do Júri de Curitiba a 20 anos de prisão em regime fechado. A sentença ocorreu no início da tarde desta quinta-feira (13), após extenso julgamento que iniciou na terça-feira (11), na capital paranaense.

Guaranho era réu pelo assassinato do tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu (PR)Marcelo Arruda, crime que aconteceu em 9 de julho de 2022. A vítima morreu baleada, durante a comemoração de seu aniversário de 50 anos. O autor do crime, desconhecido da família, invadiu a festa temática, que fazia uma homenagem ao presidente Lula e ao Partido dos Trabalhadores.

Julgamentos adiados

O julgamento, que originalmente ocorreria em Foz do Iguaçu, onde o crime aconteceu, mudou para a capital paranaense após pedido de desaforamento feito pela defesa do réu. O caso deveria ter sido analisado no dia 4 de abril de 2024. No entanto, o julgamento foi suspenso após os advogados de Guaranho abandonarem o plenário. Eles protestavam contra uma série de pedidos negados pelo juízo.

Remarcado para 2 de maio do ano passado, o julgamento foi suspenso novamente. Desta vez, em função da solicitação de mudança de foro, acatada pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).

Motivação política

Portanto, o crime ocorreu no contexto de forte polarização eleitoral, teve repercussão internacional e amplificou o debate sobre o aumento da violência política no Brasil.

Assim, por meio de perícia, com laudo de leitura labial feito a partir das imagens registradas por câmeras de segurança do local da festa, ficou demonstrado que o réu repetiu a frase “petista vai morrer tudo [sic]” durante o ataque. Conforme a denúncia, Guaranho invadiu o salão “provocando indistintamente todos os convivas [que não conhecia] com expressões que difamavam o opositor [‘Lula ladrão’, ‘PT lixo’]. Além disso, exaltavam o político de sua preferência [‘Bolsonaro Mito’, “aqui é Bolsonaro’]”.