“Nossa família é muito linda e também muito animada.”
Não aquela da TV que nos divertia nas noites da Globo.
A família Duran foi reorganizada em Cascavel há 35 anos onde graças a boa vontade em ajudar um peregrino argentino que aqui chegava depois de perambular por vários países em busca de Paz. Ana ou Aninha como é carinhosamente chamada abraçou a todos e sofreu também com suas dificuldades, agora já com netos consegue ver que almejou o amor dos filhos, genros, noras, netos e amigos, numa confraternização comemorando 97 anos de uma vida bem vivida.
Tudo começou em 16 de junho de 1927 em Buenos Aires no Hospital Rivodavia, na época o Tango era a manifestação mais autêntica do amor, do glamour e Carlos Gardel já cantava La Cumparsita.
Lá estavam, além dos familiares, o Emerson (Buda), o Cesar, o Pichichosck, o Toninho, não esquecendo os churrasqueiros e do Paulo do Aviário, para confirmar uma amizade que transcende fronteiras e encarnações.
Muitas lembranças do Jornal O Paraná, do André, do Emir, da Cidinha e muitos que eu não me recordo. Foi uma viagem ao passado com muitas situações hilárias que servem para não apagar, mas amenizar as dificuldades da vida.
Duran viveu momentos alegres, tensos, difíceis, percorreu o mundo. Entrevistou John F. Kennedy e foi contemporâneo de escola do Ernesto, não o da música do Adoniran Barbosa, mas o Che Guevara, que depois saiu do país e trilhou outros rumos.
Em 18 de dezembro de 1980 chegava a Cascavel e buscando informações na Livraria Lex, mudou sua vida e eu me orgulho de ser um de seus amigos, pois, através do Dr. Lima, nos conhecemos e muitos partos parimos juntos criando uma quase confraria e em que o “bom Judeu” está sempre nos orientando.
Algumas vezes ao sabor de um Malbec nos encontramos e até conjecturamos e programamos o futuro, pois velho é quem tem lembranças e saudades e idosos são os que vivem bem a vida e tem projetos para o amanhã.
José de Jesus Lopes Viegas – Médico CRM/PR 5279