A duas semanas para o fim do ano letivo, o sindicato dos professores anuncia greve geral. O protesto é pela proposta de reforma da previdência dos servidores públicos estaduais e pelo fechamento das turmas noturnas de ensino médio.
Vamos começar pelo segundo: o governo já veio a público dizer que é mentirosa a notícia, que não pretende fechar turmas noturnas e que apenas abriu mais matrículas para o período diurno, que sempre tinha fila de espera. Ou seja, não procede.
Quanto à reforma… é claro que ninguém quer perder. Isso é fato! Todos, inclusive a iniciativa privada, que também já passou pela reforma e vai sofrer mudanças na sua aposentadoria.
Vemos a mesma revolta no funcionalismo público, que até já fez o governo federal recuar nos ajustes e atrasar o envio ao Congresso.
É certo que quem trabalhou e contribuiu a vida inteira receba sua aposentadoria. Mas o justo tem que ser para todos. Se não, deixa de ser justo.
O gargalo na previdência é sério. Os números são gigantes. O risco de ninguém mais ter aposentadoria em alguns anos é real. E, talvez, essas reformas nem tenham sido suficientes para sanar o rombo e daqui a pouco seja necessária outra.
Contudo, cruzar os braços e prejudicar novamente mais de 1 milhão de estudantes não parece nem de longe ser a atitude correta.
A reforma está na Assembleia Legislativa, conversem com os deputados, discutam os números, ofereçam contrapropostas. Negociem!