Uma pequena célula junta-se a outra e a dependência começa, são centenas de substâncias químicas que se transformam em um ser, vai crescendo até o ponto que está pronto para nascer, mas as etapas não são vencidas, são transformadas em novas dependências. Para respirarmos precisamos de estímulo, necessitamos do calor humano, logo em seguida do leite materno, não podemos desidratar, somos ensinados a sugar e para chamarmos a atenção vem o choro e cuidados são dirigidos ao pequeno ser.
Várias mãos o envolvem, os zelos são constantes, rapidamente este pequeno ser vai crescendo, tem o poder de atração, mas a humildade o acompanha pois ele depende de um guia para começar a andar. As primeiras palavras são ouvidas e começam a ser ensinadas ou melhor a serem repetidas e aprendidas.
O poder da palavra é transmitido como ordem mas a humildade do pedir , do solicitar para tudo que nos falta. Os mais velhos nos mostram os caminhos.
A vida vai traçando rumos, a ética e a moral é exemplificada.
A divisão deve ser compartilhada com quem nos é caro; e crescemos interiormente antes de enfrentarmos os maus. A competição nos eleva mas a esta altura já temos uma noção da grandiosidade de um ser que nos exemplificou com amor e humildade. Deixou palavras, gestos, ações mas nada grafou só cerca de trinta anos após a sua morte é que descreveram a sua vida sendo que dois amigos seguidores, discípulos conviveram com Ele e outros dois ouviram contar suas histórias. O que foi relatado foi transmitido através de ensinamentos até hoje.
Estávamos alguns amigos num velório e todas as histórias foram relatadas e eu aproveitei a ideia para deixar contadas como gratidão a um amigo de fé, irmão camarada que hoje é cidadão cascavelense e cidadão de São Desiderio na Bahia. Diante do fim da vida necessitamos de outras mãos para nos levar ao túmulo, onde tudo o que começou irá se misturar a terra e se decompor e o espirito irá continuar a vida para algum tempo depois continuar seu desenvolvimento.
José de Jesus Lopes Viegas – Médico CRM/PR 5279