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Três sobreviventes do voo da Chapecoense acertam volta ao Brasil

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Três sobreviventes da queda do voo da Chapecoense retornam ao Brasil entre segunda e terça-feira. O goleiro Jackson Follmann vai partir de Medellín em um jato da Força Aérea Brasileira (FAB) com previsão de decolagem às 10h (horário de Brasília) de segunda-feira, com destino a São Paulo. Já o lateral Alan Ruschel e o jornalista Rafael Henzel retornam na terça, também em um jato da FAB, que parte da Colômbia às 11h e chega em Chapecó à noite. As informações foram divulgadas pelo programa “Fantástico” da TV Globo.

Chapecoense – 11.12

Follmann, que não apresentou quadro infeccioso na amputação realizada na perna direita, vai ser transferido para o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, para dar sequência aos cuidados médicos. Ruschel e Henzel, que já deixaram a unidade semi-intensiva e foram transferidos para quartos no Hospital San Vicente, em Medellín, seguem para Chapecó.

Já o zagueiro Neto, que tinha o quadro mais crítico, é o único dos quatro sobreviventes brasileiros que ainda não tem previsão de deixar a Colômbia. Após voltar a respirar sem ajuda de aparelhos, no fim de semana, o zagueiro deve sair da UTI e ser transferido para um quarto nesta semana ? só então os médicos começaram a pensar na viagem ao Brasil.

Neto é o único dos sobreviventes que ainda não sabe do acidente. Sem lembrar da tragédia, ele acordou perguntando sobre a final da Copa Sul-Americana e questionando o que tinha acontecido no jogo para deixá-lo tão machucado. Por orientação de psicólogos do hospital, ele ainda não foi informado das mortes dos companheiros de time.

HOMENAGENS PELO BRASIL

A forte chuva que caiu na Arena Condá, no fim da tarde deste domingo, não atingiu nenhum torcedor da Chapecoense. O estádio, normalmente lotado em jogos do clube catarinense, estava vazio no dia da última rodada do Brasileiro, que teve W.O. duplo de Chape e Atlético-MG.

Enquanto a Arena Condá não teve futebol, os outros nove jogos da última rodada do Brasileiro se encheram de homenagens à Chapecoense. Os clubes entraram em campo com referências à Chapecoense em uniformes, bandeiras e até nos mascotes mirins.

Chapecoense e Atlético-MG concordaram em não aparecer na partida derradeira, 12 dias depois da tragédia com o voo que levava a Chapecoense à Colômbia e deixou 71 vítimas fatais ? incluindo dirigentes, comissão técnica e 19 jogadores do time catarinense.

Embora o W.O. duplo já fosse sabido, a CBF respeitou o protocolo de competições oficiais, que orienta o trio de arbitragem a esperar os times por 30 minutos antes de decretar a não realização do jogo. A tabela do Brasileiro vai registrar derrotas por 3 a 0 para ambas as equipes.