Esportes

Sede do golfe em Tóquio-2020 recebe críticas por acesso parcial a mulheres

Depois da dor de cabeça gerada em torno da construção do Campo Olímpico no Rio de Janeiro, o golfe já se vê envolvido em nova polêmica a caminho de Tóquio-2020. Uma ONG japonesa enviou carta ao Comitê Olímpico Internacional (COI), nesta terça-feira, pedindo que desista da ideia de realizar a competição no Kasumigaseki Country Club. O local, na visão do grupo, não condiz com o espírito olímpico pelo fato de fazer distinções entre homens e mulheres que desejam ser sócios.

Na carta enviada pela ONG Conselho de Golfe do Japão ao presidente do COI, Thomas Bach, o procedimento realizado pelo clube Kasumigaseki é descrito como “bastante contrário ao espírito dos Jogos Olímpicos”. O clube, localizado no distrito de Saitama, não permite que mulheres tenham os mesmos direitos de associação que os homens. As mulheres podem jogar de segunda aos sábados, mas são vetadas aos domingos.

O procedimento, é claro, não se repetiria nos Jogos Olímpicos, que conta com competições masculina e feminina de golfe: durante a Olimpíada, o controle sobre acesso à determinada arena esportiva cabe inteiramente ao comitê organizador, e não à direção do clube.

O comitê organizador de Tóquio-2020 respondeu, através de comunicado oficial, que o clube já recebeu torneios femininos, com o Aberto do Japão de 1999, e frisou que o local atende aos pré-requisitos esportivos para receber a competição olímpica, mas informou que “continuará estudando a política de associação do clube e suas repercussões no debate público”.