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Fluminense quer coroar volta por cima com vaga na final da Taça Guanabara

Fluminense x Bangu - Carioca 2017 - 12_02_2017

Há menos de três meses, Abel Braga dava sua primeira entrevista como técnico do Fluminense com um alerta: o time precisava recuperar a alma, perdida ao longo da sequência de dez partidas sem vitórias que marcou o fim de ano tricolor. Nesta sexta-feira, véspera do jogo contra o Madureira, às 16h30m, em Los Larios, que pode classificar a equipe para a final da Taça Guanabara, o treinador voltou a fazer uma análise do grupo. Após sete vitórias em oito jogos na temporada e uma campanha com 100% de aproveitamento no Estadual, a conclusão é bem mais animadora.

Semifinais da Taça Guanabara – 24.02

– A expectativa está acima do que eu esperava. Mas temos que estar preparados para a queda. Por isso que nos entregamos tanto no jogo. Quando eu assumi, minha única promessa foi de uma equipe com alma. E até no jogo em que perdemos, contra o Inter-RS (pela Copa do Brasil), o que eu vi foi uma equipe inconformada. Mas não podíamos imaginar que daria um encaixe tão bom – admitiu o treinador.

O ambiente no Fluminense mudou neste período. Os semblantes fechados, as insatisfações com problemas internos e os ciúmes (dos atletas que vieram de fora com o tratamento diferenciado dado às pratas da casa) perderam o foco. Ainda que os problemas não tenham terminado (a diretoria não está em dia com os direitos de imagem dos jogadores), os resultados positivos levantaram a confiança e, principalmente, a motivação do grupo. Resultado de um trabalho tocado com esmero por Abel.

– Estou feliz com o grupo. Estou feliz comigo. No dia em que eu perder minha paixão, estou fora. E eles estão me fazendo ter mais paixão ainda. Não me iludo com elogio e nem com crítica. Eu gosto de ser questionado – disse Abel.

O treinador contou com apenas três reforços este ano: o lateral-direito Lucas, o volante Orejuela e o meia Sornoza. Além de todos terem se encaixado rapidamente no time, Abel ainda conseguiu recuperar Henrique Dourado, banco no ano passado e artilheiro do time este ano, com seis gols.

– Hoje, se estivesse começando o Campeonato Brasileiro, não teria medo de ninguém, não. Pode ser que em um mês eu fique apavorado. Mas não adiantaria, porque não vamos contratar ninguém. Essa é a grande verdade – alertou Abel.

Com um time quase completo para este sábado (apenas o goleiro Diego cavalieri, ainda se recuperando de lesão, não joga), Abel tem como maior preocupação evitar que a confiança readquirida se transforme em soberba. Ele reconhece o favoritismo do Fluminense contra o Madureira, mas lembra que o rival de hoje tem seus méritos:

– É o tipo de jogo que, para quem tem favoritismo, não agrada. Bom é ter 50% de responsabilidade para os dois lados. Mas a gente está atento. O Madureira, até o último jogo, vinha disputando o primeiro lugar do grupo com o Flamengo. É uma equipe muito bem dirigida. Conheço o PC Gusmão há muito tempo, é um ótimo treinador.

FICHA DO JOGO:

Fluminense: Júlio César, Lucas, Renato Chaves, Henrique e Léo; Orejuela, Douglas, Gustavo Scarpa, Sornoza e Wellington; Henrique Dourado.

Madureira: Rafael Santos, Ruan, Diego Guerra, Jorge Fellipe e Wellington Saci; Leandro Carvalho, Rezende, Soares e Douglas Lima; Souza e Júlio César.

Juiz: Rodrigo Carvalhaes.

Local: Los Larios, Xerém

Horário: 16h30m

Transmissão: Rede Globo e Rádio Globo/CBN