Chegar depois do ocorrido e apontar o dedo para este ou aquele é muito fácil, mas, no caso do Paraná Clube, é uma crônica anunciada dentro do que se viu nos últimos dez anos, pelo menos, na gestão do clube.
E digo isso mais para que o exemplo não seja copiado por equipes que podem parecer estar no auge, consolidadas. A atenção deve ser em tempo integral.
Pra quem não lembra, o Paraná foi fundado no fim de 1989. Tinha o maior patrimônio entre os times da capital, com várias sedes, dois estádios, campos de treinamento e um forte quadro social que ultrapassava os 60 mil sócios.
Muitos títulos no início dos anos 90, chegada à elite do futebol brasileiro no começo dos anos 2000. De lá para cá, a coisa começou a ruir. Primeiro, com muitos aproveitadores do futebol que aliciaram alguns diretores e fizeram com que o clube contratasse muita gente, o que em curtíssimo prazo se transformou em ações trabalhistas.
Depois veio a disputa judicial com a antiga RFFSA sobre a propriedade da área onde está a Vila Capanema, envolta por trilhos de trem. O time perdeu, as ações trabalhistas foram corroendo o patrimônio e a ausência de conquistas e resultados positivos em campo afastaram as possibilidades de entrada de recursos, até que veio uma intervenção judicial para enterrar qualquer administração.
O gigante de outrora é, hoje, a quinta ou sexta força do Paranaense. Vai precisar se reinventar se não quiser desaparecer ou fazer uma nova fusão como a de 1989.
Fica o exemplo de como não administrar um clube.
Caíram
Além do Paraná Clube, a penúltima rodada da Série B também confirmou o rebaixamento do Figueirense. Eles se juntam ao Botafogo-SP e Oeste que já estavam sem chances de salvamento. Já o título da Série B só sai na última rodada. América-MG e Chapecoense estão empatados com 70 pontos. Amanhã, a Chapecoense pega o Confiança e o América recebe o Avaí. A última vaga para a elite ficará entre Juventude, Avaí e CSA.
Partiu
O zagueiro Marcel não vai defender o FC Cascavel no próximo estadual. Utilizado em várias partidas do ano passado, o jogador foi cedido por empréstimo ao Criciúma, que se prepara para as disputas do Campeonato Catarinense, que deve começar no dia 20 de fevereiro. Sendo assim, a chegada de Lucas Oliveira no início de semana não incrementa o setor defensivo em termos de número de jogadores e novos nomes devem ser buscados.
Futsal
Coletiva realizada ontem em Pato Branco marcou a renúncia de Lavardinha como presidente do Pato Futsal. Alcir Camuzato é o novo presidente e garantiu que o Pato Futsal já tem uma vaga transferida para disputar a Liga Futsal e participar da reunião do próximo sábado entre as franquias da competição. Com isso, o cerco se aperta sobre qual paranaense poderá ficar fora da LNF em 2021 por conta dos limites existentes no regulamento.
Libertadores
O Santos está desde ontem no Rio de Janeiro para a disputa da final da Taça Libertadores de América. A partida decisiva contra o Palmeiras será no próximo sábado, às 17h, no Maracanã. A novidade na viagem foi a presença do volante Jobson, do meia Carlos Sánchez e do atacante Copete, que, apesar de não terem condições de jogo, seguiram com a delegação e ficarão concentrados como forma de incentivo por terem participado da campanha.
