Cotidiano

Assessor de Dilma teria recusado cargo dado pela Casa Civil por desconforto

giles-azevedoBRASÍLIA ? O rebaixamento de Giles Azevedo, braço direito da presidente afastada Dilma Rousseff não agradou e ele preferiu devolver o cargo para o qual foi nomeado na segunda-feira pela Casa Civil e voltar para seu órgão de origem, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), do qual é servidor de carreira. Conforme antecipou O GLOBO no sábado passado, a Casa Civil trocou o cargo que Giles tinha no gabinete da presidente Dilma pelo de assessor especial da Casa Civil, para que ele continuasse trabalhando com a petista no Palácio da Alvorada. O posto que ocupava na gestão petista, o de secretário-executivo do ministério da chefia de gabinete da Presidência foi extinto pelo presidente interino Michel Temer, que acabou com o status de ministério da chefia de gabinete presidencial.

Antes de Dilma ser afastada, Giles tinha um cargo de natureza especial (topo da carreira administrativa) e, sob Temer, passou a ter um DAS 5. Em termos salariais, ele em tese teria uma perda de R$ 3.054. A equipe de Dilma, no entanto, informou que Giles recusou o DAS 5 porque ficou desconfortável com a solução dada pela Casa Civil, pois antes ele era do gabinete da presidente e, com a nomeação de assessor especial da Casa Civil, ele se sentiu atrelado ao governo do presidente interino e “não tem interesse em servir o governo provisório”, segundo informou a assessoria da petista.

Com a decisão de Giles, o cargo volta para a Casa Civil e caberá ao ministro Eliseu Padilha nomear quem bem entender para o posto. Dilma não teria qualquer ingerência sobre o assunto.