SÃO PAULO – Ao anunciar os 12 cavaleiros que participarão das provas de hipismo na Olimpiada do Rio, a maior surpresa ficou pela ausência do único atleta que já conquistou medalha de ouro no esporte. Por determinação do técnico George Morris, Rodrigo Pessoa (ouro em Atenas, em 2004) ficará na reserva em razão da performance do cavalo com quem vem competindo nos últimos meses. Além de Pessoa, também causou estranheza a ausência de Marlon Zanotelli, cavaleiro mais bem posicionado no ranking mundial.
Em entrevista coletiva na Sociedade Hipica Paulista, sem a presença de Pessoa, o presidente da Confederação Brasileira de Hipismo, Luiz Roberto Giugni, procurou minimizar o fato de Pessoa não estar na lista de titulares.
– A gente tem que olhar o lado dos cavaleiros, mas também (da condição) dos cavalos. Mas aqui ninguém é melhor que ninguém. Pessoa é um nome importante para a nossa equipe, e só correria o risco de ser cortado da Olimpiada se ele não quiser ir – diz Giugni.
Doda Miranda, presente no evento, também comentou a presença do colega na reserva.
– É uma coisa que não agrada ninguém, mas pelas palavras do nosso técnico o cavalo dele estava com uma performance abaixo dos outros cavalos. E esse é um esporte que depende dos cavalos – disse Doda.
Além de Pessoa, outro reserva na modalidade salto será Felipe Amaral.
Sobre a ausência de Zanotelli, Giugni destacou o bom desempenho do atleta, mas evocou mais uma vez a necessidade do conjunto da obra.
– Não falamos de atleta, mas de um conjunto muito importante para o esporte.
Com nomes importantes em segundo plano, a Federação apostou, na modalidade adestramento, em três irmãos: Luiza Tavares de Almeida, Pedro Tavares de Almeida e Manuel Tavares de Almeira participarão da Olimpiada no Rio. É a terceira participação de Luiza nos jogos olimpiados.
– Todo o mundo me pergunta sobre essa coisa de família, e o que eu digo é que incentiva ainda mais, principalmente competindo em casa.