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Rivais do Flamengo na Libertadores estão em boa fase e contam com experiência

Pode ser exagero falar em “grupo da morte”, mas o Flamengo parece ser o time brasileiro que vai encarar o grupo mais difícil na Libertadores de 2017. Os dois adversários já conhecidos – o argentino San Lorenzo e o chileno Universidad Católica – são times com alguma tradição na competição e, mais importante, que vivem bons momentos. O quarto integrante do Grupo 4 sairá de Atlético-PR, Millonarios (COL), Universitario (PER), Capiatá (PAR) e Deportivo Táchira (VEN).

INFOGRÁFICO: Confira os grupos da Libertadores

Adversário da estreia rubro-negra, no Rio, provavelmente em 8 de março, o San Lorenzo é dirigido pelo uruguaio Diego Aguirre, que treinou recentemente o Inter e o Atlético-MG. O time campeão da Libertadores em 2014, sob o comando de Edgardo Bauza, hoje na seleção argentina, sofreu mudanças, mas já retomou o rumo.

Flamengo em 22 de dezembro

O atual Campeonato Argentino parou para as férias depois de 14 rodadas disputadas, e o San Lorenzo é o vice-líder, com 28 pontos, três a menos que o Boca Juniors. O elenco de Aguirre tem muita experiência e bons valores individuais.

O goleiro Torrico é ídolo da torcida e um dos melhores do país na posição. Na zaga, o argentino Caruzzo e o jovem chileno Paulo Díaz costumam deixar o veterano Coloccini no banco. O lateral-esquerdo Más é unanimidade no clube e presença constante na seleção.

No meio, há o experiente volante paraguaio Ortigoza (32 anos), de mais força do que técnica, e a boa dinâmica e qualidade de Fernando Belluschi, que, aos 33 anos, foi apontado por parte da crítica argentina como o melhor meio-campista do país em 2016 e voltou a ser convocado para a seleção.

DUPLA ENTROSADA NO ATAQUE

O poder de fogo fica com uma entrosada dupla de ataque. O uruguaio Cauteruccio, de 29 anos, une velocidade e faro de gol e faz boa combinação com o centroavante Blandi. Cada um jogou 11 das 14 partidas no atual campeonato e, somados, têm 15 gols. É uma dupla que pode levar muito perigo nos contra-ataques no primeiro jogo, no Rio.

A Universidad Católica venceu os dois últimos campeonatos chilenos (o Clausura do primeiro semestre e o Apertura recém-terminado). Seu principal atacante, Castillo, foi vendido ao futebol mexicano.

Os principais destaques estão no meio-campo: Fuenzalida, de 31 anos, é figura certa nas listas da seleção chilena. E o grande ídolo é o baixinho meia Buonanotte, argentino de 28 revelado pelo River Plate como grande promessa e que só agora vive o melhor momento da carreira, tendo feito oito gols em 13 jogos no Apertura.

Na campanha do título, a Católica mostrou que sabe jogar fora de casa, o que vale a atenção rubro-negra. Em sete jogos como visitante, obteve cinco vitórias, apenas uma derrota e fez 21 gols (três por jogo).

PARA FICAR DE OLHO

San Lorenzo:

Experiência. Titulares, Torrico, Angeleri, Caruzzo, Ortigoza e Belluschi têm 32 anos ou mais. O time joga a Libertadores pelo quarto ano consecutivo.

Qualidade. O meio-campista Fernando Belluschi vive grande fase. Blanco é meia habilidoso, e Cauteruccio e Blandi fazem dupla de ataque veloz e com poder de fogo.

Íntimo. Diego Aguirre conhece de perto o futebol brasileiro.

Universidad Católica:

Visitante indigesto. A Católica teve média de três gols por jogos atuando fora de casa no Apertura chileno. Perigo para o Fla no Rio.

Força no meio. O chileno Fuenzalida, assíduo da seleção, e os argentinos Kalinski (ex-San Lorenzo) e Buonanotte fazem um trio de força e técnica.

E o artilheiro? Com a saída de Nicolás Castillo, a Católica terá de buscar um substituto.