Rafael Silva, o Baby, iniciou sua campanha pelo pódio na categoria acima de 100kg do judô olímpico com duas vitórias por ippon. Na manhã desta sexta-feira, o brasileiro venceu, na primeira luta, Ramón Pileta, de Honduras, e depois passou pelo russo Renat Saidov nas oitavas de final. Nas quartas, o brasileiro vai enfrentar o francês Teddy Riner, considerado o maior judoca de todos os tempos.
No feminino, no último dia das disputas do judô no Rio-2016, a brasileira Maria Suelen Altheman folga na primeira rodada e inicia sua trajetória por medalha já na oitavas, contra a sul-coreana Minjeong Kim.
COMO FOI A VÉSPERA
Na quinta-feira, a judoca brasileira Mayra Aguiar conquistou a medalha de bronze na categoria meio-pesado (até 78 kg) ao derrotar a cubana Yanlennis Castillo na Arena Carioca 2, na Barra. Ela igualou seu resultado de Londres-2012, quando também conquistou a terceira colocação na categoria. Com a vitória de Mayra, o judô brasileiro chega a sua 21ª medalha olímpica. Nesta edição dos Jogos, é a terceira do país, após o ouro de Rafaela Silva, também no judô, e a prata de Felipe Wu, no tiro. Após a vitória, ela disse:
– Foi mágico, foi maravilhoso. Já tinha conquistado uma medalha de bronze em Londres. Mas aqui com a torcida foi uma experiência única, sem chances. Medalha olímpica não tem cor. Medalha olímpica é medalha olímpica. – comemorou.
Judô: Mayra Aguiar conquista o bronze
Minutos antes de entrar na disputa pela medalha de bronze, Mayra foi eliminada na semifinal ao perder para a francesa Audrey Tcheumeo, número 2 do ranking mundial. A europeia era freguesa da brasileira. Nas últimas cinco vezes que se enfrentaram, Mayra venceu quatro. Mas desta vez, não deu. Quando foi campeã mundial, em Chelyanbinsk-2014 (na Rússia), Mayra venceu Tcheumeo na final. A última vez que se encontram foi em outubro de 2015, na semifinal do Grand Prix de Abu Dhabi. A única vitória da francesa sobre Mayra havia sido no primeiro encontro das duas, numa semifinal do Grand Slam de Paris, em 2011.
A trajetória de Mayra Aguiar no judô começou cedo. Ainda criança, com seis anos, seu pais resolveram que ela deveria fazer alguma atividade física e acabaram matriculando a menina em aulas do esporte. Desde então, mesmo praticando também outras modalidades, o judô acabou conquistando o coração da pequena gaúcha de Porto Alegre.
META NÃO DEFINIDA
Entretanto, até para aliviar a pressão sobre os judocas, a CBJ não quis estipular um número de pódios nessa competição, conforme costuma fazer em outros torneios. A alta diretoria da entidade afirma apenas que quer superar Londres-2012. Inicialmente, imaginava-se que o critério fosse quantitativo, conforme quer o Time Brasil. Mas no decorrer desta competição, com as seguidas eliminações dos judocas, passou a se falar em um critério qualitativo. Ou seja, desde que o Brasil conquiste um ouro e uma prata, ou dois ouros, a missão de superar o desempenho de Londres-2012 estaria cumprida.
Neste ciclo olímpico, o judô foi considerado um esporte ?vital? pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) na busca por medalhas. E isto se justifica pelo fato de o esporte ser o único do país a subir no pódio em todos os megaeventos desde Los Angeles-1984. Nenhuma outra modalidade possui essa regularidade no Brasil.
? Todo mundo esperava mais do judô brasileiro até agora. E isso é justo, por todo o talento que nós temos. A gente poderia ter escrito uma história diferente nesses dias que se passaram ? lamentou Tiago Camilo, medalhista de prata (Sydney-2000) e bronze (Pequim-2008), que fez sua despedida dos Jogos no Rio sem medalha. ? Pretendo lutar apenas mais um ano pela seleção para ir ao Mundial do ano que vem.
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