A crise no futebol argentino ganhou novos capítulos. Após a seleção perder a final da Copa América Centenário para o Chile nos pênaltis, na noite de domingo, e Messi ter anunciado que não pretende mais jogar pela Argentina, nesta segunda-feira a sede da Associação de Futebol Argentino (AFA) foi evacuada após um falso alerta de bomba. Pouco depois, o presidente Luis Segura anunciou sua renúncia.
Na semana passada, a Fifa havia emitido uma resolução determinando o afastamento de Segura e nomeando Damián Dupiellet para liderar o comitê de regularização que organizaria eleições na AFA. A justiça argentina, que investiga supostas irregularidades financeiras, não aceitou as mudanças impostas, argumentando que ainda não concluiu a investigação. A AFA é investigada pelo governo argentino por gestão fraudulenta de recursos públicos e a seleção argentina estava ameaçada pela Fifa de ser excluída de competições.
– Respeitem minha privacidade. Hoje não quero falar – disse Segura à imprensa ao deixar o edifício durante a evacuação por ameça de bomba.
A pedido de uma juíza argentina, desde junho três inspetores federais acompanham o fluxo do dinheiro pago pelo governo federal por meio do programa social Fútbol Para Todos. Esses inspetores, ao longo do último ano, encontraram uma série de irregularidades, o que teria obrigado o governo a intervir, suspendendo os pagamentos contratuais pelos direitos de transmissão de jogos do Campeonato Argentino.