Rio de Janeiro – O Brasil nunca teve uma geração tão talentosa, considerada a performance individual de cada atleta, na velocidade masculina. No Campeonato Mundial de Revezamentos, que será realizado neste fim de semana, em Yokohama, no Japão, o treinador Felipe de Siqueira da Silva, do 4x100m, tem à disposição nada menos do que cinco atletas que já correram os 100m abaixo dos 10s15.
Teoricamente, depois do período de treinamento, realizado em Chula Vista, em San Diego, nos Estados Unidos, e em Saitama, no Japão, o grupo tem tudo para garantir o objetivo de disputar a final de Yokohama e a vaga para o Campeonato Mundial de Doha, no Qatar, de 27 de setembro a 6 de outubro. As oito melhores equipes em Yokohama se classificam para o Mundial.
No Mito Invitational Meet, realizado domingo (5), a equipe masculina 4x100m venceu a prova atípica, disputada com muito vento, com 39s12. O grupo foi formado por Rodrigo Nascimento, Jorge Henrique Vides, Derick Souza e Paulo André de Oliveira. Vitor Hugo dos Santos ficou como reserva.
Para Felipe, o Brasil terá de fazer uma boa prova porque enfrentará adversários fortes. “Estamos em segundo lugar no Ranking Mundial entre as seleções, com 38s76, atrás apenas do Canadá, com 38s34. Na competição, teremos Estados Unidos, Jamaica, Grã-Bretanha, China e Japão, que tem um time forte e corre em casa”, comentou. Aliás, a competição foi organizada no Japão este ano em função dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. No Rio 2016, a equipe japonesa foi medalha de prata.
O Brasil tem três equipes no Mundial de Revezamentos, neste fim de semana. Além do 4x100m masculino, a seleção tem a equipe feminina 4x100m e time misto do 4x400m, uma novidade para a Olimpíada de Tóquio 2020.
Tradição
Nas grandes competições, o 4x100m masculino tem grande tradição. Tem nada menos do que três medalhas olímpicas: prata em Sydney 2000 e bronze em Atlanta 1996 e Pequim 2008. Aliás, o tempo obtido em Sydney 2000 (37s90) persiste até hoje como recorde brasileiro e sul-americano. Em Campeonatos Mundiais, ganhou prata em Paris 200 e bronze em Sevilha 1999. Nas três edições do Mundial de Revezamentos, o time tem dois quartos lugares: em 2014 e em 2015. Em 2017, a equipe foi desqualificada nas eliminatórias.