SÃO PAULO Um dia após um atirador abrir fogo dentro de uma boate voltada ao público LGBT em Orlando, na Flórida, e deixar 49 mortos, o ministro da Justiça Alexandre de Moraes falou sobre o esquema de segurança montado para os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, em agosto. De acordo com o ministro, haverá um encontro com o presidente interino Michel Temer, nesta terça-feira, na sede do evento, onde será verificado todo o sistema de defesa a cargo de órgãos como a Polícia Federal, as Forças Armadas, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), além de questões de terrorismo. Moraes participou de audiência no Ministério Público de São Paulo para discutir violência contra a mulher.
Desde ontem, pela manhã, estamos em contato com autoridades do FBI e da Interpol. Aparentemente, apesar da ligação do criminoso com o Estado Islâmico, foi um crime praticado em virtude da total intolerância dele à orientação sexual das pessoas. Não teria ligação às bandeiras do EI. Mas a nossa troca de informação é permanente com todos os organismos internacionais explicou Moraes.
A operação de segurança para a Olimpíada e a Paralimpíada, que deve contar com até 85 mil agentes, está sendo considerada a maior e mais complexa da história do país. Serão 47 mil homens das forças de segurança (integrantes das polícias Civil, Militar e Federal, da Força Nacional e da Defesa Civil) e 38 mil das Forças Armadas.