RIO – O ouro de Rafaela Silva é para ser comemorado. O restante da participação brasileira, não. O quinto dia das disputas no tatame da Arena Carioca 2 reviveu a decepção nacional com o judô, considerado carro-chefe pelo Comitê Olímpico do Brasil para melhorar a posição do Brasil no quadro de medalhas (além de Rafaela, o país tem a prata de Felipe Wu no tiro) no Rio-2016.
Maria Portela, da categoria até 70kg, despediu-se da competição de forma melancólica, após aplicar um golpe ilegal na adversária das oitavas de final, a austríaca Bernadette Graf. A brasileira saiu sem medalha e com choro no peito.
Já Tiago Camilo viu o seu sonho de conquistar a terceira medalha olímpica adiada após cair para Mammadali Mehdiyev, do Azerbaijão, na categoria até 90kg.
– O judô brasileiro cresceu nos últimos anos, mas tem que melhorar porque os outros encostaram – disse Tiago após a derrota.
Desde o primeiro dia de lutas, no último sábado, o judô vem criando grande expectativa, não correspondida. Sarah Menezes só venceu o primeiro combate e caiu precocemente na competição, perdendo a chance de conquista o bicampeonato olímpico. Outra cotada para subir ao pódio, Érika Miranda começou bem, com duas vitórias, mas também saiu do tatame sem medalha.
No masculino, a decepção veio com Felipe Kitadai, bronze em Londres-2012, e Victor Penalber, uma das maiores apostas da comissão técnica. Os dois judocas sequer tiveram oportunidade de disputar medalha.