A GL Events e a CSM desistiram de comprar o Consórcio Maracanã Entretenimento S/A. O motivo é a Operação Lava-Jato, na qual a Odebrecht, que detém 95% da participação do consórcio, é uma das investigadas pela Polícia Federal. Como a construtora não conseguiu garantir que a operação não irá interferir na arena, a empresa francesa preferiu sair da disputa. As empresas eram parceiras do Flamengo e Fluminense na concessão do Estádio Maracanã.
?A GL events e a CSM informam que, por conta de não terem sido apresentadas garantias adequadas de segurança jurídica e contratual, deram por encerradas as negociações de compra do controle acionário da Concessionária Complexo Maracanã Entretenimento S/A. As empresas reafirmam, porém, seu interesse em participar da concorrência pela gestão do Maracanã caso o Governo do Estado do Rio de Janeiro tome a decisão de promover uma licitação que proporcione a indispensável segurança jurídica e financeira aos investidores?, diz a nota oficial.
A Lagardère continua tentando comprar o consórcio. Agora, a empresa passará a ser a única concorrente e quer pagar R$ 60 milhões pelo negócio, fora o dinheiro para o Governo do Estado. Isso inclui ainda readequação de contrato e ajustes diante do que será preciso investir no estádio. Pelos 33 anos de contrato, a previsão de investimento está na ordem de R$ 500 milhões.
No entanto, o Flamengo garante que não vai jogar no Maracanã caso a empresa ganhe a licitação. Nos bastidores, se fala que as negociações entre Lagardère e Flamengo não vão bem.
A empresa francesa já havia entregado garantias financeiras e se comprometeu a cumprir exigências da Odebrecht, que afastaram a CSM e GL Events. Entre as exigências, que os concorrentes assumissem os custos de reparos do Maracanã, pagassem outorgas atrasadas ao Governo do Estado também.