SÃO PAULO As Forças Armadas fizeram um treinamento contra ameaças terroristas no Itaquerão, Zona Leste de São Paulo, na manhã desta quinta-feira. O estádio do Corinthians receberá dez jogos do torneio de futebol da Olimpíada do Rio, inclusive semifinais. ece-auto-gen a1011c12-9919-412c-bb02-bbecb06faa5a
Ao final do treinamento, o general Decio Schons, coordenador de defesa de São Paulo, disse que não há indícios de que atentados terroristas possam ocorrer durante os jogos. Apesar disso, segundo ele, as forças de segurança devem estar preparadas para o pior cenário:
Não existem dados de inteligência que indiquem a probabilidade de um atentado no Brasil ou em São Paulo. O que existe é a possibilidade, que não se pode de maneira nenhuma eliminar. E temos que estar preparados para a pior hipótese – afirmou o general.
Os exercícios foram divididos em duas etapas. Na primeira, militares desceram de helicóptero em um terreno vizinho à arena esportiva e entraram no estádio para lidar com atiradores e a explosão de uma bomba. Soldados à paisana fingiam ser torcedores. A imprensa foi proibida de acompanhar a ação dentro do estádio.
A segunda etapa simulava um ataque químico e ocorreu do lado de fora do Itaquerão, onde foram montadas tendas de desintoxicação. Os torcedores receberam jatos d água e passaram por equipamentos para detectar presença de equipamentos radioativos. Nas tendas, eles eram orientados a tirar as roupas e vestir uma capa plástica.
No início do mês, o Exército já havia feito um treinamento no Metrô de São Paulo Segundo o general Schon, as Forcas Armadas também foram treinadas para atuar em situações que envolvam reféns. Ele disse que espera contar com a colaboração da população para denunciar fatos estranhos, como uma mochila abandonada, por exemplo.
Temos equipes de negociação, atiradores de elite, equipes de resgate. Temos toda a preparação muito bem estudada e muito bem praticada – disse o general.
Cerca de 3 mil militares estarão à disposição das forças de segurança de São Paulo durante a Olimpíada. Ao contrário do que acontece no Rio, onde os soldados já estão nas ruas e em pontos de grande circulação de turistas, em São Paulo eles devem aguardar em pontos estratégicos. O policiamento ostensivo está a cargo da Polícia Militar.
Além do Exército, participaram do treinamento desta quinta-feira a Marinha, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil.