O goleiro Jackson Follmann, um dos seis sobreviventes da tragédia com o voo da Chapecoense na Colômbia em novembro, não quer deixar o esporte no passado. Em participação no programa “Encontro com Fátima Bernardes” da TV Globo, nesta quinta-feira, Follmann indicou que pensa em um futuro como atleta paralímpico após ter a perna direita amputada abaixo do joelho, uma das consequências da queda da aeronave.
– O esporte me deu tudo que eu tenho. Com certeza, depois que colocar a prótese, vou querer fazer outros esportes. Poderei fazer muita coisa – disse o goleiro.
Quando recebeu alta hospitalar em Chapecó, na terça-feira, Follmann já havia mostrado que ainda pensa no futebol. Bem humorado, o goleiro afirmou que estava ansioso para comer churrasco assim que saísse do hospital e disse que, aos 24 anos, teria tempo para muitas atividades na vida, até para “bater uma bolinha”.
Follmann foi homenageado no amistoso entre Brasil e Colômbia, na quarta-feira, no Engenhão, ao lado dos também sobreviventes Neto, Alan Ruschel — antigos companheiros de clube — e Rafael Henzel, jornalista esportivo que viajava para cobrir a final da Sul-Americana com o time da Chapecoense.
Nesta quinta-feira, Follmann voltou a falar sobre as circunstâncias da tragédia, ocorrida em 29 de novembro. O goleiro viaja no início da próxima semana para São Paulo, onde fará fisioterapia e exercícios para se acostumar à prótese abaixo do joelho na perna direita.
– Fui tomar propoção de tudo que aconteceu no hospital, três dias depois, quando eu acordei. Minha mãe veio, me deu um beijo. Minha noiva, meu pai. Ali eu acordei. Para mim, foi uma alegria muito grande. Tem que ter força para poder seguir em frente. Eu estava bastante machucado, precisava ser forte – afirmou Follmann.