Fluminense visita a Ponte Preta e tenta manter vivo o sonho do G-6

Nos últimos tempos, o calendário eleitoral vem servindo como termômetro para
o Fluminense. Sem saber o que é vitória desde 1º de outubro, véspera do primeiro
turno no Rio, a equipe tricolor tenta retomar o rumo do G-6 antes de realizar
sua própria eleição, no próximo sábado.

Caso tropece contra a Ponte Preta neste domingo,
às 17h, em Campinas, o clube das Laranjeiras pode chegar ao pleito presidencial
sabendo que não depende mais do Brasileiro para disputar a Libertadores em
2016.

TABELA: Confira a classificação e os jogos do Brasileiro

Uma derrota em Campinas, além de representar o oitavo jogo consecutivo sem
vitória, sepultaria as chances do Fluminense chegar ao G-6 se combinada a uma
vitória do Atlético-PR contra o Sport, em casa, também às 17h deste domingo. O clube
paranaense chegaria a 55 pontos, seis a mais do que o tricolor a duas rodadas do
fim, e com vantagem inalcançável no número de vitórias (17 a 13), primeiro
critério de desempate.

Neste cenário, o próximo presidente tricolor só teria chance de assumir um
clube classificado para a Libertadores caso o Atlético-MG seja campeão da Copa
do Brasil, o que abriria mais uma vaga pelo Brasileiro.

Coincidência ou não, o descompasso da equipe tricolor em campo coincidiu com
a aceleração da campanha eleitoral. As três chapas que permanecem na disputa à
presidência ? do situacionista Pedro Abad e dos opositores Celso Barros e Mário
Bittencourt, que romperam com o presidente Peter Siemsen ? foram lançadas na
semana da última vitória tricolor: 3 a 1 sobre o Sport, no dia 1º de outubro, em
Mesquita.

QUEDA ACENTUADA

Desde então, o Fluminense acumula quatro derrotas e três empates no
Brasileiro. Nas últimas cinco partidas a equipe carioca chegou a estar vencendo,
mas deixou os resultados escaparem. O último tropeço ocorreu em confronto direto
com o Atlético-PR, terça, no Maracanã: empate em 1 a 1, com direito a pênalti
perdido por Gustavo Scarpa, na estreia de Marcão, que assumiu a equipe até o fim
do ano após a demissão de Levir Culpi.

O novo treinador, embora não tenha a alcunha de interino, dificilmente
seguirá no comando em 2017. Candidatos à presidência já trouxeram à tona nomes
como Roger Machado, Abel Braga e até Cuca como seus preferidos. Com apenas três
jogos pela frente no campeonato, Marcão tenta animar o elenco para não deixar
uma vaga na Libertadores, que parecia certa, escapar entre os dedos.

Ainda jogador, ele viveu situação semelhante pelo Fluminense em 2005, quando
o time perdeu os cinco últimos jogos do Brasileiro e saiu do G-4 na última
rodada.