A classificação antecipada e a vantagem do empate para as finais do Campeonato Carioca não vão mudar o planejamento do Flamengo nas próximas rodadas da Taça Rio, mas podem levar a comissão técnica a decidir poupar jogadores na semifinal do turno. Uma das razões é não arriscar perder atletas suspensos por cartão adiante, na decisão do campeonato, mas principalmente não sobrecarregar algumas peças na parte física, a três dias de atuar pela Libertadores, contra o Atlético-PR.
O técnico Zé Ricardo indicou que para o clássico contra o Vasco, no domingo, vai escalar o que tiver de melhor, e isso vale ainda para as partidas contra Volta Redonda e Fluminense, na próxima semana. Caso algum jogador apresente desconforto muscular, detectado em exames diários, ele será poupado.
? Vamos usar o que nós temos de melhor, a não ser que algum jogador esteja com um desgaste um pouco maior, como foi o caso do Rômulo. Se não tiver nada dessa ordem, força máxima no domingo ? declarou o treinador.
Em alta, Márcio Araújo pode seguir na equipe enquanto Rômulo faz um trabalho de fortalecimento. Outra peça que andou no departamento médico é Gabriel, que também sentiu um desconforto. A comissão técnica monitora os atletas dia a dia e espera manter a intensidade nos treinos e jogos até o próximo compromisso na Libertadores, dia 12 de abril. O lema é ?jogo é treino?.
Três dias antes de pegar o Atlético-PR, acontece a semifinal da Taça Rio. E no dia 16 de abril, a final. Nesses dois jogos, caso se classifique, o Flamengo poderá ter um time misto, já que enfrenta novamente os paranaenses pela Libertadores no dia 19, em Curitiba.
? Se a gente for com uma equipe pensando que pode ter jogador suspenso e não vencer o clássico, você gera uma pressão desnecessária. Claro que se for com força total, a vitória não é certa. Mas a chance é maior. Acho que não há motivo para poupar ninguém ? afirmou o zagueiro Réver, ontem.
Éverton Ribeiro é alvo
A diretoria do Flamengo voltou a sondar a situação do meia-atacante Éverton Ribeiro, que defende o Al Ahli, dos Emirados Árabes, mas está decidido a voltar ao Brasil no meio do ano. Outros clubes observam a situação do jogador, que hoje é considerado caro. A diretoria rubro-negra não tem a intenção de entrar em leilão.
Com vínculo até 2019, os árabes pedem ? 5 milhões pela liberação do jogador, com a compra de 50% dos direitos econômicos. O Flamengo, no momento, vê a operação como inviável, ainda que no meio do ano.