O ex-diretor de Registro Aéreo da Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC) da Bolívia, Gustavo Vargas Villegas, foi preso neste sábado em La Paz. A prisão foi ordenada pela juíza Claudia Castro no âmbito das investigações a respeito da queda da aeronave da LaMia que levava o time da Chapecoense à Colômbia, no último dia 29.
De acordo com a decisão da juíza Claudia Castro, Villegas deverá permanecer preso até o julgamento, que ainda não tem data estabelecida. Ele é suspeito de ter usado o cargo para facilitar a operação da LaMia, que tinha seu pai, Gustavo Vargas, como um dos sócios. Na quinta-feira, Villegas se defendeu das acusações alegando que não tinha autoridade para emitir licenças de voo para qualquer empresa aérea.
LEIA MAIS: Sobrevivente da tragédia é transferido para o quarto
Villegas é o segundo suspeito preso pelas autoridades bolivianas em meio à investigação sobre as causas da queda do voo da Chapecoense e sobre a operação da LaMia no país. O outro suspeito atrás das grades é justamente seu pai, Gustavo Vargas, que foi mandado para o presídio de Palmasola, em Santa Cruz de la Sierra, na quinta-feira.
Villegas, que foi afastado de seu cargo no DGAC após a tragédia com o voo da Chapecoense, já havia sido detido na quinta-feira para ser interrogado a respeito de sua atuação, especialmente em relação à empresa aérea LaMia. O pai de Villegas, Gustavo Vargas, era o diretor e um dos sócios da LaMia. As autoridades bolivianas suspeitam que o parentesco tenha influenciado na liberação do fatídico voo que deixou 71 mortos em Medellín, e até mesmo na autorização da licença para que a empresa aérea em questão operasse na Bolívia.
– A acusação coletou testemunhos e evidências mostrando a participação do acusado (Villegas) em crimes de uso irregular de influência, conduta incompatível com cargo público e quebra de funções – declarou o procurador de La Paz, Edwin Blanco.