Um dia depois da festa que consagrou Cristiano Ronaldo como melhor jogador do mundo, a Fifa confirmou nesta terça-feira uma nova expansão na Copa do Mundo. A partir da edição de 2026, o Mundial terá 48 seleções, 16 a mais do que atual formato com 32 seleções que vigorava desde a França-1998. Com a mudança, a competição que hoje conta com oito grupos de quatro passará a ter na sua primeira fase 16 grupos de três equipes.
A proposta de expansão era uma das promessas de campanha do novo presidente da entidade, o suíço Gianni Infantino. Durante a campanha pela presidência da Fifa, Infantino falava em aumentar o Mundial para 40 equopes. Mas desde outubro do ano passado, ele vinha propondo o torneio com 48 seleções, o que foi aprovado pelo Conselho da Fifa nesta terça-feira.
Infantino acredita que o inchaço da competição incrementará o interesse pelo torneio, assim como os rendimentos financeiros. Um estudo da entidade prevê um acréscimo de US$ 640 milhões (R$ 2,04 bilhões) com um torneio de 48 times divididos em três grupos de três seleções. Já os direitos de televisão teriam um acréscimo de US$ 505 milhões (R$ 1,6 bilhão).
Quando era secretário-geral da Uefa, Infantino ajudou o então presidente da entidade, Michel Platini, a aumentar a Eurocopa para 24 seleções. O torneio deste ano, na França, já contou com esse modelo e mostrou País de Gales e Islândia com grandes sensações da competição. O dirigente acredita que uma Copa maior causará o mesmo efeito, com seleções menores tendo mais chances de disputá-la.
A expansão será a quarta da história do torneio. Em 1930, a Copa começou com 13 seleções. Na Espanha, em 1982, ela passou a ter 24, modelo que vigorou até as 32 de 1998, na França. Agora, o modelo com 32 equipes será visto em apenas mais dois Mundiais: Rússia-2018 e Qatar-2022.
A mudança gerou muitas críticas, mas também tem seus defensores. Entre eles, o ex-jogador Diego Maradona, campeão do mundo em 1986, no México.
– Parece-me uma ideia fantástica. Isso dará mais possibilidades a mais países que nunca haviam alcançado este nível da competição – disse o argentino.
Os clubes europeus, porém, são críticos à mudança do modelo, que cedem a maioria dos jogadores para uma competição que passará a ter 80 partidas, ao contrário das 64 atuais. Segundo a Fifa, o torneio, no entanto, continuaria durando 32 dias.