Em nota oficial divulgada na tarde desta segunda-feira, a Federação de Futebol do Rio (Ferj) garantiu que foram cumpridos todos os protocolos de segurança antes do clássico entre Flamengo e Botafogo, marcado por cenas de pancadaria e pela morte de um torcedor no lado de fora do Engenhão.
A Ferj ressaltou que o plano de segurança da partida, que previa um efetivo menor em relação ao planejado para Vasco x Fluminense três semanas atrás, foi referendado pelos clubes e pelas autoridades públicas presentes na reunião de planejamento do jogo, realizada na sexta-feira. De acordo com a entidade, o diretor de competições Marcelo Viana manteve contato com responsáveis pelo policiamento para garantir que havia condições para a realização da partida quando foram identificados os primeiros sinais de tumulto no entorno do Engenhão.
O Botafogo chegou a acenar com a possibilidade de não entrar em campo alegando uma falta de policiamento no entorno do Engenhão. A ata da reunião de planejamento do jogo mostra que o efetivo de policiais no entorno do estádio caiu de 70 no clássico entre Vasco x Fluminense para 48 no domingo de Botafogo x Flamengo.
No comunicado, a Ferj frisa ainda que ?a partida transcorreu em clima desportivo? no interior do Engenhão, mas lamentou a pancadaria no entorno do estádio e disse que ?clama por solução há vários anos? para cenas de violência no futebol.
Confira a íntegra da nota da Ferj:
?A Federação de Futebol do Rio de Janeiro informa que foram obedecidos os procedimentos de planejamento para o clássico do Campeonato Carioca, como sempre ocorre dias antes de cada uma das partidas. Na assim chamada Reunião de Jogo, destinada ao plano de ação e contingências, participam todos os segmentos envolvidos, como Federação, clubes, Polícia Militar, Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros, CET-Rio, Juizado do Torcedor, Polícia Civil, cada qual com as suas atribuições, competências e expertises. Em relação ao jogo Botafogo x Flamengo cumpriu-se rigorosamente todo o protocolo, cujo resumo das decisões encontra-se lavrado em ata, publicada no website da FERJ. Apesar do entendimento, por questões óbvias, de que cabe à Polícia Militar, no que lhe compete, a palavra final e decisão sobre questões de segurança, o plano de ação para a partida foi referendado por todos os presentes.
No dia do jogo (12/02), diante da preocupação de possíveis manifestações e posteriormente dos relatos de distúrbios fora do Estádio Nilton Santos, o delegado da partida e diretor de competições da FERJ, Marcelo Vianna, manteve contato e aconselhou-se diretamente com os responsáveis pelo policiamento interno e externo e foi cientificado da existência de garantias e condições para a realização da partida.
A FERJ esclarece que no interior do estádio a partida transcorreu em clima desportivo, sem registros policiais, mas lamenta e repudia os episódios de violência fora das dependências do Estádio Nilton Santos, fatos contra os quais clama por solução há vários anos e que infelizmente contabiliza vítimas da barbárie que não pode ser atribuída a nenhum torcedor, como o óbito ontem ocorrido?.