Com a simplicidade e o uso da tecnologia vistos na festa da Olimpíada há um mês, a abertura dos Jogos Paralímpicos do Rio, na quarta-feira, no Maracanã promete seguir à risca o propósito do evento: a inclusão dos portadores de necessidades especiais a todos os setores da sociedade.
Sob o lema “O coração não conhece limites”, praticamente em todos os momentos da festa os donos dela estão presentes. Desde aos cantores, que vão fazer o público cair no samba na maior parte do tempo, aos voluntários que recepcionarão as delegações, que entrarão logo no início da festa.
Num tom politicamente correto, detalhes que podem passar despercebidos, mas que mostram a preocupação de falar a todos. Na hora do hino nacional, tocado ao piano por João Carlos Martins, o locutor avisa: “Para aqueles que podem, levantem-se”.
Nos telões, vídeos apresentarão o esporte paralímpico e seus atletas. No palco que se tornou o gramado do Maracanã, portadores de diversos tipos de deficiências também terão vez.
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Numa das partes mais divertidas da festa, uma referência a um dos casos polêmicos da Olimpíada. No setor ?praia?, o famoso biscoito Globo ? aquele que o New York Times não gostou ? estará lá ao lado dos galões de mate. Junto a eles, representados pelo grupo Afrolata e dançarinos do baile charme de Madureira, projetos como o ?Praia para todos? e ?AdaptSurf? lembram que ali deve ser o lugar mais democrático do Rio.
De longe, poderá não ficar tão evidente o balé do casal casal com deficiência visual, que evolui em pas des deux. Além deles, a americana Amy Purdy, medalhista de bronze no snowboarding para biamputados nas Paralimpíadas de Inverno de Sochi-2014, sambou sobre suas duas próteses.
Todos eles servem de inspiração às crianças, como as escolhidas para entrar com a bandeira paralímpica. Com problemas de locomoção, elas andaram no gramado, graças a botas que uniram suas pernas a de seus pais, parte do projeto Bota no Mundo. O símbolo de que não há limites para o corpo e a vontade.
