Ex-presidente da Uefa e suspenso por quatro anos de qualquer atividade ligada ao futebol, o francês Michel discursou pela última vez em um evento da entidade que comanda o futebol europeu. No Congresso Extaordinário eleitoral da instituição, em Atenas, o ex-craque da Juventus e da seleção francesa diz sair de “consciência tranquila” e afirmou que provará sua inocência.
– Estou de consciência tranquila e absolutamente convicto de que não cometi qualquer falha. Vou continuar a lutar por todas as formas legais para provar a minha inocência – disse o ex-presidente da Uefa.
Inicialmente, Platini foi suspenso por oito anos pelo Comitê de Ética da Fifa, assim como o presidente da entidade, Joseph Blatter. Os dois são acusados de fraude às contas da Fifa, ao não declararem um pagamento de 2 milhões de franco suíços feito por Blatter a Platini em 2011. Após receber a quantia, ele teria desistido de concorrer com Blatter à presidência da Fifa. Os dois argumentam que a quantia paga é referente a um serviço que o francês teria prestado à Fifa entre 1999 e 2002, como conselheiro presidencial. Após a descoberta do escândalo, ele se licenciou do cargo de presidente da Uefa. Em 2015, ele havia sido eleito pela terceira vez presidente da instituição.
Em outro momento de seu discurso de despedida, Platini disse também não guardar rancor daqueles que não o apoiaram após a descoberta do escândalo. No congresso, que também definiu esloveno Aleksander Ceferin como novo presidente da Uefa, ele desejou sorte ao novo corpo de dirigentes da instituição.
– Vocês vão prosseguir com esta bela missão sem a minha presença, por motivos aos quais não quero fazer referência hoje. Também quero insistir que não guardo rancor daqueles que não me apoiaram, todos têm o direito a ter suas próprias convicções – argumentou.