Mesmo com as contas combalidas do estado do Rio, mais uma vez, a Secretaria estadual de Esporte, Lazer e Juventude concedeu benefício fiscal ao Rio Open 2017, o principal torneio de tênis da América do Sul, que acontece no Jockey Club de 20 a 26 de fevereiro. Segundo publicação no Diário Oficial, da última sexta-feira, a operadora de telefonia Claro, uma das patrocinadoras, recebeu isenção de cerca de R$ 8 milhões. Porém, a responsável pelo projeto que conseguiu o benefício pela Lei de Incentivo ao Esporte foi a IMX Holding SA, vendida pelo empresário Eike Batista, em 2015, a um grupo estrangeiro. Apesar de constar IMX na publicação, a razão social da empresa já mudou para IMM Holding Ltda, de acordo com o site da Receita Federal, com o mesmo número de CNPJ.
A IMM é a empresa de marketing esportivo, controlada pela americana IMG e pelo fundo de investimentos de Abu Dhabi, Mubadala Development Company, que tem organizado as últimas edições do evento. No ano passado, o torneio chegou a ficar ameaçado pois o governo estadual queria dar apenas R$ 6 milhões em isenção. Os organizadores, na ocasião, alegaram que com esse valor não seria possível trazer Rafael Nadal, a grande estrela das últimas edições, que custaria R$ 1 milhão. No fim, o estado concedeu R$ 12,5 milhões.
Com mais de 20 patrocinadores, muitos de grande porte, o evento terá como principal atração o japonês Kei Nishikori, o quinto melhor do ranking da Associação de Tênis Profissional (ATP). Este ano não haverá chave feminina, por decisão estratégica da organização. Os ingressos custam de R$ 30 a R$ 670.