O goleiro Diego Alves defendeu dois pênaltis, na derrota de seu time, o Valencia, para o Atlético de Madrid, no fim de semana. Com isso, se tornou o maior pegador de penalidades máximas do Campeonato Espanhol. Frequentador da seleção brasileira em outros tempos, e há quase dez anos na Europa, preferiu a diplomacia, ao comentar, em entrevista na ESPN, a decisão do técnico Tite de não convocá-lo. Os goleiros da seleção, para os jogos desta semana e da próxima, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, são Alisson (Roma), Weverton (Atlético-PR) e Alex Muralha (Flamengo). O Brasil joga contra a Bolívia, em Natal, na quinta-feira, e Venezuela, em Maracaibo, no dia 11.
TABELA: Jogos e classificação das eliminatórias na América do Sul
– Estive com o Tite no Atlético-MG, em 2004, com certeza ele me conhece. Posso falar do meu momento, jogando numa liga muito competitiva, e tento manter meu nível, para voltar à seleção. Mas há outros goleiros também em muito boa forma, o que faz com o que o treinador tenha muitas opções. Resta trabalhar e esperar pela oportunidade – disse Diego Alves, ao ser questionado sobre o assunto em entrevista ao vivo no programa “Bate Bola”.
Segundo o Twitter do MisterChip, especializado em estatísticas do futebol europeu, Diego Alves teve, em seus anos na Espanha, 45 pênaltis contra ele, somando-se o tempo de goleiro do Almería e do Valência (veja lista completa abaixo). Ele defendeu 22, e só 21, menos da metade, se converteram em gol. Outros dois foram na trave e para fora. Quando a conta é só no Campeonato Espanhol (tirando Copas e Liga dos Campeões), são 41 pênaltis, com 19 defesas e 20 gols sofridos.
Os pênaltis defendidos por Diego Alves
– Não tem uma preparação especial, no momento ali podem acontecer mil coisas. É saber jogar com a pressão que o batedor vai ter. Tento fazer isso. Mas um treinamento específico, não tem, não – explicou Diego Alves.
O goleiro comentou ainda que recebe sondagens para voltar ao Brasil, sem dizer de que clubes. Mas destaca que, por enquanto, o plano é continuar na Europa mesmo.
– Sempre tem conversa para voltar ao Brasil, mas tenho contrato com o Valencia até 2019. Estou muito bem aqui, minha família também, e tenho mercado aqui na Europa. Nunca vou dizer nunca, mas estou muito feliz aqui na Europa – afirmou.