Após quatro rodadas, o Flamengo segue em busca de uma atuação convincente no Brasileiro. Mas, neste domingo, em Campinas, pelo menos, sobrou disposição. Na estreia do técnico interino Zé Ricardo, enquanto o clube não anuncia o substituto para Muricy Ramalho, o time, com um jogador a menos desde os 16 do segundo tempo, após a expulsão de Fernandinho, venceu de virada a Ponte Preta, por 2 a 1.
– Fizemos os gols quando apareceram as oportunidades e vencemos – disse o capitão Willian Arão, ao fim da partida.
Erros de passe e, consequentemente, pressão do adversário. O roteiro inicial em Campinas parecia um filme repetido para o time e a torcida rubro-negra. Logo aos três, Arão errou uma saída de bola, Wellington Paulista arriscou de longe e mandou por cima.
A Ponte Preta assustou pela primeira vez aos 11, quando Roger carimbou o travessão de Muralha. No minuto seguinte, os donos da casa abriram o placar com polêmica. Reinaldo cruzou, Wellington Paulista marcou de cabeça. O árbitro Anderson Daronco chegara a anular a jogada, marcando impedimento de Fabio Ferreira, mas voltou atrás e confirmou. Os jogadores rubro-negros se revoltaram com a validação.
O Flamengo só foi chutar pela primeira vez a gol, sem maiores sustos, aos 16, com Arão. Ainda assim, o time de Zé Ricardo chegou ao empate quatro minutos depois. Alan Patrick cobrou falta perto da área, Felipe Azevedo subiu antes de Arão e tocou, de cabeça, contra o próprio gol.
Antes de virar o jogo, o rubro-negro viu Cadu desperdiçar ótima chance para a Ponte Preta aos 26, de cabeça, na pequena área, para fora.
Mas o Flamengo tinha Alan Patrick. Aos 33, o meia chutou para boa defesa de João Carlos. O goleiro de Campinas voltou a aparecer bem em outro chute do meia rubro-negro, aos 41. Na cobrança de escanteio de Alan Patrick (sempre ele) , o goleiro espalmou e Jorge, da entrada da área, bateu de primeira. Um golaço.
– Fico feliz com o gol, mas não é meu, é da equipe – disse Jorge, na saída de campo.
MURALHA SALVA
No segundo tempo, a Ponte Preta criou a maioria das jogadas ofensivas, mas não soube traduzi-las em gol. Numa delas, aos 13, César Martins escorregou após cruzamento da direita, e Felipe Azevedo bateu com perigo.
Aos 16, Fernandinho, que já tinha o cartão amarelo, foi expulso justa e infantilmente ao fazer falta no meio de campo. Com um homem a menos, Zé Ricardo optou por tirar Alan Patrick e colocar o volante Cuéllar.
Daí até o final, enquanto o Flamengo pouco incomodou o adversário, a Ponte pressionou. Na melhor chance, aos 48, Felipe Azevedo tocou no canto, e Muralha impediu o empate.