Rio ? Após a sua despedida dos Jogos Olímpicos, na semana passada, Daniele Hypolito guardou forças para um único objetivo: mandar energias positivas para o irmão Diego. Foi o que ela fez durante toda a prova desta tarde. A ginasta, que comentava a prova na TV, aguentou até quanto pôde. Mas não deu.
? Na transmissão, não podemos falar muito. Mas quando ele acabou, não aguentei, gritei, chorei. Quando acabou a prova então não teve como. É uma medalha da família. Ele faz o esforço, mas é da família. Favorito em Londres, favorito em Pequim. No último momento, ele teve a falha há oito anos; na outra nem conseguiu passar para a final. A única coisa que pedi foi que se apresentasse bem e foi coroado dentro de casa ? disse Danielle, agradecendo o carinho do público.
Daniele já deu adeus à seleção, mas ela acredita que o irmão, de 30 anos, ainda poderá competir em Tóquio. Ainda mais depois da medalha conquistada.
? A medalha dele veio da maneira mais bonita possível e com uma dobradinha. Uma união de épocas, pois o Nory começou a fazer ginástica por causa do Diego e da Dayane, e agora ele divide o espetáculo tão lindamente com o Diego ? conta.
Depois de dar um rápido abraço no irmão, ainda na zona mista, Daniele correu para encontrar a família. Seus pais e o irmão mais velho, Edson, assistiram da arquibancada. No encontro, a emoção dos Hypolito em poder dividir o momento com o integrante mais importante.
? Eu fiz a prova junto com ele. Estava muito nervoso, não gosto de falar com ninguém. Mas agora vamos comemorar muito ? declarou Edson.