A melhor e mais rentável maneira de expandir o Mundial é um torneio com 48 seleções, divididas em 16 grupos de três equipes cada um, mostrou um estudo interno da Fifa, ao qual a agência de notícias AP teve acesso. O estudo mostra, contudo, que o formato atual de 32 países é o que oferece a mais alta qualidade do futebol.
O modelo com 48 equipes anunciado pelo presidente da Fifa, Gianni Infantino, está na análise de 64 páginas, em que são tratadas cinco opções para a Copa do Mundo de 2026. Os Mundiais da Rússia, em 2018, e do Qatar, em 2022, serão no formato atual, com 32 seleções.
A Fifa concluiu que o formato com 48 equipes (16 grupos com 3 seleções cada) seria lucrativo. Com uma fase extra de eliminação numa nova rodada de 16ª de final, anterior às oitavas de final, o formato com 80 partidas ? cada uma em horário exclusivo durante 32 dias ? é um atrativo para as emissoras de TV e os patrocinadores, acredita um dirigente da Fifa.
‘DECISÃO NÃO É FINANCEIRA’, DIZ FIFA
Os ingressos poderiam ser incrementados em quase 20%, com rendimento de até US$ 6,5 milhões ? no Mundial da Rússia, a estimativa é que sejam vendidos US$ 5,5 milhões. Embora os custos de organização também tenham aumento, os lucros potenciais no novo formato seriam de US$ 640 milhões, segundo o estudo.
No entanto, a direção da Fifa avisou que a votação do Comitê Executivo, prevista para 10 de janeiro, em Zurique, “não deve ser uma decisão financeira”.
“Em vez disso, o objetivo de ampliar a visão do projeto Mundo é promover o esporte do futebol, proteger a sua integridade e trazer o jogo para todo mundo”, destacou no documento.