Entidade que em julho completou 50 anos de existência, sendo uma das mais antigas do Estado, a Liga de Futebol de Cascavel passa por mudanças em seu cinquentenário. No último dia 11, o então presidente Rubens Alves de Souza pediu o desligamento e houve recomposição de cargos da presidência e de toda a diretoria para terminar o mandato até março de 2019. Em consenso, Amilton Rodrigues e Jair Gencio Paes assumiram a missão de encabeçar a Liga. Os demais cargos ainda estão sendo preenchidos.
O fato é que a nova diretoria tem pensamento alinhado com a renovação do futebol amador de Cascavel e região sem perder o saudosismo da competição. A ideia é ter campeonatos menores da categoria sub-9 até a sub-17, certames regionais, duas divisões no amador municipal e incentivar a organização na gestão das equipes.
As metas são ousadas, mas ambos já têm experiência no assunto. Amilton superintendente da Liga em várias gestões durante 25 anos e ficou marcado por organizar campeonatos das categorias menores com grande quantidade de participantes, principalmente de 2009 a 2012. No último, foram 3,5 mil jovens atletas e 105 times inscritos. Já Jair fez da Asservel o reduto da categoria adulta amadora enquanto a Liga deixou de organizar disputas, em 2015.
Reinício
Para reiniciar as atividades ainda neste ano, e não passar em branco em seu cinquentenário, a Liga promoverá um campeonato menores no próximo mês e um amador com um número reduzido de equipes. Para os jovens atletas as disputas serão em grupos, para que haja tempo de definir os campeões até o fim do ano. Já para os adultos serão duas divisões, com seis equipes na primeira divisão e outras seis na segunda. A diferença entre as duas será a tradição. Times experientes em disputas amadoras terão preferência para não desestimular equipes novatas em confrontos desiguais. Com número reduzido de participantes há tempo hábil para realização até o fim do ano.
Gestão profissional
Para 2018 a Liga de Futebol de Cascavel quer dar início a um processo de organização da gestão das equipes. A ideia é que instigar o interesse de dirigentes a constituírem estatuto e CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) às suas entidades desportivas. Com isso, além de poder participar do Estadual da Federação Paranaense de o Nacional da Confederação Brasileira de Futebol, podem também passar a receber subsídio público municipal, estadual ou federal, em parceria para o desenvolvimento do esporte. Isso já ocorre com as demais modalidades desportivas do município.
Saudosismo
A intenção da Liga em “começar do zero” passa pela experiência do passado. Amilton e Jair querem lembrar de alguma forma – em homenagens ou em um memorial na sede da entidade – nomes que passaram por competições amadoras antes de ascenderem no esporte e na sociedade, casos, por exemplo, de Nei Victor, Hélio “Kalo” Costa, Miguel “Cabeleireiro”, Levino Vaz “Cafu”, Veiga, Gilmar Nardi, Alcindo, Capitão, Paulinho Cascavel e os irmãos Chico e Caio Saroli, e Sidiclei e Jean Carlo de Souza, além de Preto Casagrande, Juliano Belletti e os árbitros Edivaldo Elias da Silva e Evandro Roman, dentre outros. Os novos dirigentes da Liga creem que sem o trabalho da entidade, novos nomes oriundos do esporte amador podem se tornar escassos no futuro.
Campos
A princípio, nove campos serão utilizados no Amador, sendo seis no interior: Espigão, Fazenda Tochetto, São Salvador, Nossa Senhora Salete, Juvinópolis e Gramadinho. Os outros são o Ninho da Cobra, do Santa Cruz e do São Cristóvão.