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Chamado de 'burro', Jorginho reclama da torcida após derrota do Vasco

A derrota do Vasco para o Vila Nova por 2 a 1 em pleno São Januário, em partida válida pela 22ª rodada da Série B, acabou de vez com a paciência da torcida com o time e, principalmente, com o técnico Jorginho, chamado de burro ao final do jogo. Na coletiva de imprensa após a partida, o técnico chegou a reclamar da postura dos torcedores, que também ofenderam a família do comandante vascaíno.

Chamar de burro, isso é a coisa mais natural. Quando vai para o lado pessoal, ofensa à família. Realmente fiquei muito triste

– Sou ser humano, e como qualquer ser humano, a gente tem sentimentos. Chamar de burro, isso é a coisa mais natural. Quando vai para o lado pessoal, ofensa à família… Realmente fiquei muito triste, mas quero dizer que sou muito grato à torcida do Vasco por todo o carinho que temos recebido. Passamos por momentos bem piores que este ano passado. Foi um momento de tristeza. Somente isso. Entendo o torcedor – destacou o técnico.

O Vasco já está há 4 rodadas sem vencer na competição e já começa a ter a liderança ameaçada, pelo Atlético-GO, que soma 38 pontos e e está a apenas três dos cariocas. Desfalcado do goleiro Martín Silva e dos meias Andrezinho e Nenê, a equipe jogou mal e foi dominada pelo clube goiano. Apesar das ausências, Jorginho reconheceu a má atuação do time, especialmente no primeiro tempo, quando o Vila Nova abriu 2 a 0 com apenas 18 minutos de jogo, mas disse que gostou da reação da equipe na segunda etapa.

– As substituições melhoraram muito o time. O primeiro tempo nos causou um problema muito grande. Tomamos gol em saídas de contra-ataque, e não é fácil reverter a situação. Tivemos oportunidades. Fizemos duas substituições. A coisa funcionou. Tivemos muitas oportunidades mas não conseguimos traduzir isso no gol de empate – lamentou o técnico, que ainda falou das dificuldades de jogar com a equipe desfalcada de vários de seus principais nomes.

Além de reclamar das ausências do time, Jorginho lembrou que não tinha muitas opções no banco de reservas. O treinador ainda disse que a margem de erro do Vasco chegou ao fim, e que o time precisa reagir na Série B.

– O Fellype Gabriel não é pra entrar no segundo tempo. Seria difícil para ele, porque eu teria que colocar um jogador de velocidade. O Leandrão também não é jogador de velocidade. O Mateus Pet é um jovem. Vamos trabalhar, mas o sinal de alerta está dado. Precisamos estar atentos, e os jogadores sabem disso – afirmou.

Na sábado, o Vasco terá um difícil confronto com o Bahia, 7º colocado e que luta para se aproximar do G-4, em plena Fonte Nova. Caso seja derrotado, o time pode começar a ter até mesmo a presença no grupo das equipes que sobem para a Séria A ameaçada. O Brasil de Pelotas, 5º colocado, pode fazer a diferença em relação ao Vasco cair de 5 para apenas 2 pontos, caso derrote o Goiás na próxima sexta-feira.