Dois brasileiros garantiram lugar no pódio neste domingo nos 100m rasos, classe T47 (para atletas amputados). Com 10s57, Petrucio Ferreira quebrou novamente o recorde mundial e faturou o ouro da prova. No último sábado, ele já havia vencido as eliminatórias estabelecendo a melhor marca do mundo até então com 10s67.
O polonês Michal Derus e o brasileiro Yohansson Nascimento cravaram 10s79, mas o photofinish deu a prata para o atleta da Polônia, deixando Yohansson com o bronze.
– Eu vi a unha dele passando na frente. Para mim ele não foi terceiro, foi segundo – brincou Petruciosobre o bronze do amigo.
Visivelmente satisfeitos com o resultado, os dois ainda entram na pista para a disputa do revezamento 4x100m ao lado de Renato Cruz e Alan Fonteles. Com a medalha dos 100m rasos no peito, a dupla prometeu um bom desempenho na prova desta segunda-feira.
– No revezamento a gente vai ganhar! Eu acho que vai ser o revezamento mais forte que a gente já montou, com o Alan Fonteles e o Renato – disse o dono da medalha de bronze.
A promessa de bons desempenho não ficou apenas no futuro próximo. Aos 28 anos, Yohansson é só elogios ao companheiro de 19.
– Vem aí uma grande geração. Desde o Antonio Delfino, que foi ouro em Atenas, eu dei continuação em Pequim e Londres e o Petrucio vai dar continuidade a isso – afirmou o corredor.
Final dos 100m rasos T47: Petrucio leva o ouro
O Brasil agora tem seis medalhas de ouro nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. No sábado, Shirlene Coelho conquistou o ouro no arremesso de dardo da classe F37 (paralisia cerebral e ambulante).
Conteúdo de uma matéria só: quadro de medalhas
Já Claudiney Batista dos Santos venceu a prova do arremesso de disco, categoria F54/55/56 (para atletas em cadeiras de rodas).
Antes da vitória de Claudiney, o Brasil já tinha conquistado os ouros com Ricardo Costa na prova do salto em distância na categoria T11 (cego total), Daniel Martins, que venceu a prova dos 400m na classe T20 (para pessoas com deficiência mental), e na natação com Daniel Dias, campeão dos 200m livre S5 (limitação físico-motora).
Além dos quatro ouros, o Brasil tem nove pratas e seis bronzes.