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Brasileiros e 'europeus': a adaptação ao estilo de Micale na seleção olímpica

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Adaptar-se rapidamente aos métodos do técnico Rogério Micale é um dos desafios impostos aos jogadores da seleção olímpica. Afinal, o treinador tem uma maneira própria de trabalhar e o tempo até o início da competição é curto. Uma das estratégias dele tem sido reunir os jogadores na véspera dos treinamentos, para explicar o que será feito no dia seguinte.

SELEÇÃO BRASILEIRA – 2-07

O meia Felipe Anderson, da Lazio, da Itália, garantiu que a metodologia de trabalho tem sido bem entendida.

– Micale conversa com a gente um dia antes dos treinos, diz o que será feito no dia seguinte. Isto nos permite visualizar com antecedência como será a atividade. Ele explica muito sobre a parte teórica. Tem sido muito bom o trabalho – disse o meio-campista. – Na seleção, a gente normalmente se apresenta, fica no máximo dez dias reunido e faz os jogos. O tempo de treinamento é curto. A conversa ajuda muito a saber o que é preciso fazer.

Para os jogadores que atuam na Europa, conceitos como pressão constante no adversário e linha de defesa adiantadas são usuais.

– Estas ideias que ele nos passa têm muito a ver com o futebol europeu. Quando fui para lá, não era acostumado a agredir o adversário no ataque, tentar tomar a bola assim que perdia. Aprendi na Europa. Micale tem do futebol brasileiro a aposta na ousadia dos atacantes, o incentivo ao drible – disse Felipe Anderson.

Rodrigo Caio vive situação inversa. Ele ainda joga no Brasil, embora seja cobiçado pela Lazio, time de Felipe Anderson. Orientado a jogar adiantado, o zagueiro do São Paulo vai se adaptando às ideias do treinador.

– Converso bastante com Marquinhos (companheiro de zaga). Na linha de defesa alta precisamos ficar muito atentos, porque os adversários exploram as nossas costas. Nos treinos, estamos indo bem. Mas é claro que a marcação dos atacantes ajuda. Nenhum time consegue sustentar uma defesa alta se a marcação for frouxa – alertou Rodrigo Caio.