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Brasil x Bolívia será reencontro de Neymar com técnico que um dia disse sobre ele: 'Nem sei quem é'

Era o ano de 2012, Copa Libertadores. O Santos, então campeão, tinha pela frente o Bolívar, da Bolívia, nas oitavas de final. Neymar era o grande astro do time paulista. Indagado sobre o jogador, o técnico argentino Ángel Guillermo Hoyos, que dirigia o time boliviano, respondeu com desdém, após a vitória por 2 a 1 na partida de ida, em casa:

– Nem mesmo sei quem é.

Veio o jogo da volta, na Vila Belmiro. O Santos meteu 8 a 0 e se classificou. Neymar fez dois gols e deu passes para outros três. Na comemoração, inclinou o corpo para frente, como se fizesse uma reverência de apresentação de si mesmo, e dissesse: “Este sou eu”.

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Provocado pela resposta e pelo gesto do brasileiro, Hoyos, que dizia não conhecer Neymar, depois criticou o brasileiro:

– O que Neymar fez foi uma falta de respeito. Messi não faria o que fez Neymar. Se Neymar for ao Barcelona, isso não será permitido, incitaria a violência – atacou.

No ano seguinte Neymar seguiu para o Barcelona, onde Hoyos tinha trabalhado, como técnico do time B, de 2001 a 2006. Desde o incidente com o craque brasileiro, o treinador passou por Once Caldas (2012 a 2013); Iraklis (2013 a 2014); Talleres de Córdoba (2014); e Jacksonville Armada, dos EUA (2015).

Hoyos está na seleção da Bolívia desde agosto deste ano. O jogo contra o Brasil, na Arena das Dunas, em Natal, nesta quinta-feira, às 21h45m, será o terceiro dele no comando da equipe, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. Nos outros dois, em setembro, vitória por 2 a 0 sobre o Peru, em La Paz, e empate em 0 a 0 com o Chile, fora de casa.

TABELA: Jogos e classificação das eliminatórias na América do Sul

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