RIO – Problemas como obras inacabadas, vazamentos e até mesmo um incêndio de pequenas proporções têm feito parte da rotina da delegação da Austrália desde a chegada à Vila dos Atletas, na Barra da Tijuca, mas um seleto grupo de esportistas do país sequer imagina o que é ter que lidar com esses contratempos. Desde quarta-feira, as equipes australianas de ciclismo e de rugby estão instaladas no Portobello Resort e Safari, um complexo hoteleiro cinco estrelas, localizado em Mangaratiba, cidade da Costa Verde, a 100 quilômetros da capital, que atraiu também sete outras delegações e se tornou uma desejada Vila Olímpica de Luxo para cerca de 250 pessoas de oito nacionalidades.
Não é para menos. Com 152 apartamentos, todos eles de frente para o mar, as delegações contam com facilidades logísticas como pista de pouso, heliponto e marina, além de belezas naturais, como cachoeiras, fazenda e uma floresta palmital. E, claro, também há infraestrutura esportiva completa, com dois campos de futebol, academia, sauna, ginásio e restaurantes. Tudo isto, com diárias que osiclam entre R$ 1,2 mil e R$ 2,8 mil.
Destino da seleção italiana durante a Copa do Mundo de 2014, o resort virou uma babel neste período pré-olímpico. Além dos australianos, também optaram por finalizar a prepração no local o futebol masculino de Portugal, o futebol feminino da Suécia e da Nova Zelândia, a esgrima da Rússia, a vela da Grã-Bretanha, o hóquei da Holanda e o judô brasileiro. No início do ano, a comitiva do rugby da Argentina também passou por lá.
De acordo com o gerente comercial e de marketing do complexo, a facilidade de acesso ao resort e a estrutrura flexível, facilmente adaptável às diversas modalidades esportivas, foram decisivas para a popularidade do empreendimento junto às delegações.
? Nos últimos meses, as equipes técnicas realizaram vistorias em toda propriedade e consideraram as nossas condições perfeitas para hospedá-los. Nossa estrutura básica, por exemplo, não será modificada. Adequaremos apenas alguns ambientes para otimizar o treinamento dos atletas ? afirma.
A maior dificuldade foi adaptar a cozinhas às diferentes culturas gastronômicas, que fizeram uma exigência frequente para quem trabalha com atletas de alto rendimento: menu com carnes magras, alimentos ricos em proteínas e com baixo teor de gordura.
? Nossa equipe está preparada para atender a todas solicitações. Algumas comitivas, como é caso da esgrima da Rússia, terão seus próprios chefs de cozinha. Frutas, sucos naturais e vegetais frescos foram os itens mais requisitados ? conclui Ricardo.
Para as delegações, a mordomia está com os dias contados: todas elas têm reservas perto do fim e devem migrar para a Vila Olímpica até o início dos jogos, dia cinco de agosto.